sábado, 9 de abril de 2011

Filmes pornográficos ajudam ou atrapalham vida sexual?

Filmes eróticos - "Há muita variedade, mas o objetivo é um só: excitar, estimular o tesão, proporcionar prazer. E isso pode ser muito bom para a transa, se usado de vez em quando pelo casal, como uma dentre outras formas de apimentar o encontro"
Resposta: Filmes pornográficos podem ser um bom estímulo para o casal desde que os dois se sintam à vontade e se divirtam ao assisti-lo.

A proposta desses filmes é mostrar pessoas fazendo sexo, sozinhas ou acompanhadas. Existem alguns que trazem o sexo como parte de uma história, com diálogos entre os personagens, expressão de sentimentos, e outros que mal dão destaque ao cenário, e em que apenas os corpos e as penetrações são o foco.

Para os que trazem uma história, a diferença está na estratégia para envolver quem assiste. O meio para excitar, não é apenas o visual, mas as fantasias que o filme propõe. Essas, em grande parte das vezes, só fazem parte da imaginação das pessoas que não têm a intenção de transformá-las em realidade, por não se sentirem seguras sobre as consequências para si mesmas e para os pares.

Fantasia de muitas mulheres: transar com um desconhecido

Assim, por meio dos filmes, é possível viver essas fantasias, como o sexo grupal, ou um casal acompanhado de uma terceira pessoa, ou viver situações que fazem parte da imaginação popular, como a fantasia de muitas mulheres, de transar com um desconhecido. E também uma forma de conhecer como outras pessoas transam, se expressam, buscam prazer, seja de uma forma mais convencional, ou outras formas de expressão como o sadomasoquismo.

Existem filmes mais sensuais, outros mais eróticos, alguns realizados com todo o cuidado com a imagem, com o cenário, prezando a qualidade do filme, e outros caseiros ou em que se percebe que não houve o menor cuidado na produção. As pessoas devem escolher o que as agrada mais.

Filmes não devem criar relação de dependência para excitação

Há muita variedade, mas o objetivo é um só: excitar, estimular o tesão, proporcionar prazer. E isso pode ser muito bom para a transa, se usado de vez em quando pelo casal, como uma dentre outras formas de apimentar o encontro. Mas não deve ser a única forma de estímulo, nem é positivo que o casal dependa do filme pornô para se excitar. Pegar carona de vez em quando na excitação em cena e nas fantasias representadas pelos atores é saudável, mas depender delas para conseguir se excitar não, porque restringe, limita e afinal, há tantas possibilidades a serem exploradas!

Mito da penetração

Uma outra questão importante, é que muitos adolescentes, quando começam a se interessar por sexo, muitas vezes assistem esses filmes buscando aprender como é que se faz. É um grande risco achar que o que é mostrado na tela tem que ser repetido exatamente como é mostrado. Durante as filmagens, os atores são dirigidos e orientados a agir de determinadas formas, param a filmagem e depois recomeçam. O resultado final é diferente de como as coisas aconteceram durante a sua criação. O tempo mostrado no filme pronto é diferente do tempo em que os atores permaneceram em ação durante as filmagens. Muitos rapazes acham que precisam ficar pelo menos meia hora penetrando uma mulher para que seja satisfatória a transa, e que precisam mudar de posição muitas vezes e permanecer excitados todo o tempo, como é mostrado. Não é assim. O casal deve se conhecer para saber o que agrada mais em relação às carícias e explorá-las.

A penetração é importante, mas cada casal precisa ajustar o tempo da mesma, de acordo com o seu jeito, o ritmo da transa e com a excitação desencadeada pelas preliminares. Talvez seja necessário mais tempo em algumas vezes, em outras, mais rapidinho. E esse entrosamento é conseguido com o tempo, com a intimidade e o conhecimento cada vez maior do casal.

Além dos filmes pornôs existem outros, em que o sexo é mostrado como parte da história da vida das pessoas, em filmes de romance, de suspense, enfim de outros gêneros. Se em um casal, um quer usar filmes como estímulo e outro não se sente à vontade para assistir os pornô, pode ser uma alternativa, buscar esses outros tipos.

Por fim, se o casal tem uma vida em comum, e não quer perder o interesse e o calor dos encontros, além dos estímulos externos, o desafio é conquistar a liberdade de criar e viver as próprias fantasias, fazer o próprio filme, e viver os personagens principais. Usando a imaginação, você pode ser e estar quem e onde quiser sozinho ou junto com seu par. E o seu quarto, dentro de sua casa, com seu velho ou novo companheiro, pode se transformar no melhor lugar em que você já esteve no melhor programa que você já fez. Luz, tesão, ação, e divirtam-se!

Fonte: Vya Estelar, textoSandra Vasques

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