sexta-feira, 22 de março de 2013

Quatro passos para controlar o ciume


Entenda as causas do ciúme excessivo e aprenda a controlá-lo para melhorar seus relacionamentos

De acordo com o psicólogo Michael Vincent Miller, experiências emocionais negativas que tenham sido vividas por um dos lados de um relacionamento podem afetar o desenvolvimento da relação. Atitudes como o sentimento de posse e o excesso de ciúmes, segundo Miller, são decorrentes de uma insegurança profunda, normalmente originadas nos relacionamentos familiares durante a infância. Miller afirma que pessoas com esse tipo de comportamento na idade adulta em geral tiveram uma infância e adolescência conturbadas e, provavelmente, relacionamentos difíceis com os pais e pessoas mais próximas.
O ciúme é um sentimento próprio do ser humano, mas passa a ser um problema a partir do momento em que deixa de ser apenas um sentimento esporádico para se tornar uma obsessão constante.
Um relacionamento deve ser encarado como uma forma de agregar valores positivos à sua vida. Serve para que se tenha companhia e apoio em diversas situações ao longo da vida, mas não pode tornar-se “muleta” para suprir carências emocionais ocasionadas por traumas ou perdas anteriores. Devemos respeitar a individualidade do outro, e entender que há um conjunto de fatores que tornam uma pessoa quem ela é. Estes fatores estão relacionados ao seu passado, suas amizades, experiências que viveu e outros inúmeros detalhes que não podem ser controlados pelo parceiro.
Vamos encarar o processo de possessividade e ciúme patológico como um ciclo. A autoestima baixa e a falta de amor próprio fazem com que a pessoa se enxergue de modo inferior, mais feia, menos inteligente ou bem-sucedida. Esses sentimentos de inferioridade levam à insegurança nos relacionamentos em que essa pessoa se envolver.
Essa insegurança diz respeito principalmente ao medo de perder o “objeto” amado – no caso, o parceiro. O ciumento passa a acreditar que “não merece ser amado” e, portanto, será trocado por alguém melhor. A insegurança por sua vez, gera a desconfiança: a pessoa passa a suspeitar de traição e a enxergar fatos corriqueiros da relação como grandes problemas. Quanto maior a desconfiança de uma “troca” iminente, mais baixa a autoestima – e assim o ciclo volta a se iniciar, aprofundando-se mais a cada vez.
Mas o que fazer para lidar com esses sentimentos tão complexos?
Cuide da autoestima
A máxima de que você precisa primeiro se amar para depois ser amada pelos demais cabe perfeitamente aqui. Elabore uma lista com as suas principais qualidades e cole em algum lugar visível – pode ser o espelho ou a parede em frente ao computador, a ideia é vê-la muitas vezes ao dia para se lembrar do que é muito bom em você.
Todo mundo tem defeitos, mesmo pessoas de sucesso, lindas e simpáticas. O truque é aprender a conviver com eles, tentando melhorá-los quando possível, mas sem se martirizar por possuí-los. Tem o dedo torto? Ronca? É desastrada? Encontre seus defeitos e ria deles, faça piada de si mesma. Nada supera o bom-humor – e seus efeitos a longo prazo são maravilhosos para a autoestima.
Homens também adoram mulheres alto astral. Ao invés de ficar emburrada porque uma mulher bonita passou e seu namorado olhou de canto de olho, faça um comentário bem humorado sobre o ocorrido. Ele vai passar a te admirar mais e a qualidade da relação vai subir, sem essas discussões bobas e desnecessárias.
Releve
É preciso deixar claro: seres humanos olham para o que chama a atenção. Você olha, suas amigas olham, o tio da padaria olha, até seu pai olha. Por quê, então, seria diferente com o seu namorado?
Não há nada de extraordinário em admirar o que é obviamente bonito, não queira exigir que seu parceiro seja indiferente a outras mulheres. Esteja mais interessada no respeito propriamente dito. Não estamos dizendo que você deve ou não deve perdoar traições concretas, porque isso é uma questão pessoal. Mas não faça um escândalo porque ele olhou uma bunda, ou porque ele disse que acha a Megan Fox uma gata. Saiba diferenciar o que é falta de respeito e o que é simplesmente uma condição humana.
Controle-se
Se acontecer – vai acontecer – de notar que uma situação x não se tratou de falta de respeito mas, ainda assim, sentir vontade de iniciar uma discussão, conte até mil – ou dez mil. Cante uma música mentalmente, lixe as unhas, leia um livro, qualquer coisa. Exercite o autocontrole. É difícil, mas com o tempo você vai notar que está se tornando uma pessoa mais tranquila e menos ansiosa, o que é benefício para o amado e, principalmente, para sua própria saúde.
Procure ajuda profissional
Se, mesmo depois de tentar os passos anteriores, você perceber que não conseguiu avançar, sempre é válido buscar a ajuda de um bom terapeuta. Alguns traumas e carências estão tão estigmatizados na mente que fica difícil livrar-se deles sozinha. Um psicólogo ou psicoterapeuta pode te ajudar a enxergar melhor as causas da sua insegurança e a encontrar a melhor forma de lidar com ela.

Fonte:  Dicas de Mulher - Por Carolina Werneck

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