A menopausa é apenas mais uma das fases da vida reprodutiva da mulher...
Mas é a fase onde ocorre o maior número de sintomas e sofrimento para a mulher que não souber administrar e lidar bem com este período...
É nesta fase, entre os 40 e 50 anos, mais ou menos, que o organismo feminino diminui a produção de estrógenos, levando a um desequilíbrio hormonal. Surge, então, uma série de sintomas: ondas de calor, suores noturnos, insônia, diminuição do desejo sexual, irritabilidade, depressão, ressecamento vaginal, diminuição da atenção e da memória, entre outros.
É nesta fase da vida, do ponto de vista emocional, que a mulher passa a viver uma série de conflitos...
A mulher que chega hoje aos 40/50 anos, é uma mulher que tomou pílula anticoncepcional, que efetuou um planejamento familiar, que está, profissionalmente, no auge de sua carreira, ocupando lugares de grandes exigências e de muita responsabilidade.
Além disso, neste período, a mulher se depara mais fortemente com o dilema da atualidade: manter-se eternamente jovem, porque a sociedade cultua a juventude e a beleza...
E, ao olhar-se ao espelho, observando rugas, sua imagem envelhecida, gordurinhas a mais, não há como não ficar ansiosa ao verificar que sua juventude física está se esvaindo...
E, ao olhar-se ao espelho, observando rugas, sua imagem envelhecida, gordurinhas a mais, não há como não ficar ansiosa ao verificar que sua juventude física está se esvaindo...
Esta também é uma fase onde os filhos já crescidos e criados ou a caminho da emancipação não exigem mais os cuidados maternos de antes.
É, também, neste período da vida, que os pais da mulher passam a exigir maiores cuidados por parte dela...
Este conjunto de alterações dos papéis familiares exigem uma readaptação da mulher...
É nesta fase, também, que a perda de familiares ou de amigos ocorre com maior freqüência.
Este período da vida da mulher é o momento em que ocorre um grande número de perdas simultaneamente: perda do papel maternal, da juventude, da vida reprodutiva, de entes queridos...
Uma mulher que não esteja preparada para vivenciar esta fase com toda esta problemática, com certeza ficará ansiosa e depressiva....
Afinal, como lidar com todas estas mudanças?
Se ela passou a vida a se preocupar com os filhos, o dia a dia deles, como lidar com o vazio que a independência deles gera?
E como lidar com a mudança do papel de filha?
Afinal, seus pais, que sempre se dedicaram e cuidaram dela , passam agora a exigir que ela cuide deles...
Que mudança!!!
Além disso como lidar com o envelhecimento do corpo numa sociedade que privilegia a juventude eterna?
É muito comum, as mulheres, nesta fase da vida, entrarem em depressão tanto pela variação hormonal, como pela dificuldade de encarar todas estas mudanças...
Mas é importante que ela se conscientize de que esta fase, apesar das perdas, é maravilhosa também...
Não há mais a preocupação com uma possível gravidez!
É o momento em que a diminuição da preocupação com a educação dos filhos proporciona um tempo maior onde ela pode se dedicar a seus projetos pessoais engavetados pela falta de tempo (aquele curso, aquela 2* lua de mel com o marido, etc...).
É o momento para repensar sua relação com seus pais e se permitir retribuir a eles todo o amor do mundo que eles dedicaram a ela!
É hora, também, de repensar o culto ao corpo e aceitar o fato de que se o corpo está envelhecendo...
A mente, por sua vez, está no seu ápice...
Deve-se usar e abusar das experiências de vida acumuladas ao longo dos anos...
E permitir-se viver!!, apesar dos sintomas físicos desta fase (que podem ser facilmente tratados através da reposição hormonal), é importante repensar e aceitar as mudanças que nela ocorrem....
Fonte: Dra. Olga Inês Tessari
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