Com o passar do tempo em uma relação é comum que o casal desenvolva certas intimidades na cama. Porém, o que fazer quando tanta abertura acaba gerando desconforto em um dos parceiros? Um dos principais causadores dessas situações, na hora do sexo, é o temido e subjugado "fio terra".
A maioria dos rapazes não suporta pensar na possibilidade.
Segundo Marina Vasconcellos, psicóloga pela PUC-SP, terapeuta familiar e de casal (UNIFESP), especialista em Psicodrama Terapêutico pelo Instituto Sedes Sapientiae e psicodramatista didata pela Federação Brasileira de Psicodrama (FEBRAP), isso acontece porque muitos homens acham que se sentirem prazer na região do ânus será uma ameaça à sua heterossexualidade, ou seja, têm medo de gostar e não poder admitir, pois pra eles "isso é coisa de gay".
Porém, há aqueles que gostam. Muitas mulheres não sabem como reagir quando o rapaz demonstra interesse e até pede que ela "invada" um lugarzinho tão protegido. Outras, assim como alguns heterossexuais, acreditam que se o companheiro sentir prazer nessa região significa que ele não é tão "macho" como ela pensava.
Para as pessoas que pensam dessa forma a psicóloga diz: "Que não há qualquer relação entre sentir prazer anal e ser homossexual, uma coisa não implica na outra, é apenas uma questão física".
Anatomicamente, o ânus masculino e feminino é idêntico. Ou seja, se há mulheres que sentem prazer nessa região, homens também podem sentir. Esta região proporciona prazer por ser um local com grande quantidade de terminações nervosas e muita irrigação sanguínea, assim como a glande do pênis e a vagina.
No caso das mulheres que não cultivam esse preconceito e que querem aumentar a intimidade e os prazeres na cama, a psicóloga dá as dicas: "Deixe claro que ele tem total liberdade de sentir prazer e que não terá sua masculinidade ameaçada. Além disso, diga que é uma questão física apenas, sem outras preocupações."
Marina Vasconcellos garante que o diálogo é sempre melhor pedida, em qualquer assunto: "Mas não se deve falar muito a respeito. Em alguns casos o melhor é fazer, com jeito e calma, seduzindo o parceiro para que ele não se sinta desconfortável". Esqueça o preconceito e aproveite o momento e a companhia.
Por Bianca de Souza (MBPress)
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