Riscos da pílula do dia seguinte

Se ingerida em excesso, ela pode trazer complicações à saúde

A pílula do dia seguinte se popularizou nos últimos anos e passou a ser distribuída gratuitamente pelo Ministério da Saúde. Mas seu uso indiscriminado pode trazer riscos para a saúde das mulheres. “É importante deixar claro que a pílula foi desenvolvida para uso emergencial, e em nenhuma hipótese deve ser considerada um anticoncepcional de rotina. Por isso deve ser usada apenas em casos excepcionais, de extrema importância”, explica o ginecologista Fernando Moreira de Andrade, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos.

Como tomar a pílula do dia seguinte

São dois comprimidos para evitar gravidez: um que deve ser ingerido após a relação e outro 12 horas depois. Quanto mais tempo passar, menor será a chance de fazer efeito. Se o primeiro comprimido for tomado nas primeiras 24h, a chance de o medicamento falhar é muito pequena. O período máximo é de 72 horas. Depois disso, não funciona mais.

Para comprar a pílula do dia seguinte não é necessário ter receita médica, basta procurar em qualquer farmácia. Mas além de não ser 100% eficaz, mesmo quando usada com moderação, a pílula do dia seguinte perde ainda mais suas características se for ingerida usualmente.

Riscos da pílula do dia seguinte

O médico explica que o uso frequente aumenta o risco de uma gravidez indesejada e, em alguns casos, pode ocasionar vômitos, fadiga e sangramentos.

O consumo sem orientação médica pode, ainda, alterar o ciclo menstrual e o tempo de ovulação. Dor de cabeça, diarreia, sensibilidade nas mamas, náuseas e vômitos também são sintomas comuns.

Contraindicações da pílula do dia seguinte

Quem tem problemas de hipertensão vascular, obesidade mórbida e hematológica não deve consumir o medicamento, pois a alta quantidade de hormônios pode provocar pequenos coágulos no sangue e obstruir as artérias.

por Redação - Bolsa de Mulher