O Dia Mundial do Orgasmo foi informalmente
criado na Inglaterra no dia 31/07/08 por redes de sex shops. Estas realizaram
pesquisas que revelaram que 80% das mulheres inglesas não atingem o clímax em
suas relações. Em termos de insatisfação sexual, os brasileiros não ficam
longe. Um estudo conduzido pelo Projeto de Sexualidade da USP (ProSex) detectou
que 50% das brasileiras têm problemas relacionados à falta de orgasmo. Cerca de
12 milhões de homens sofreriam de alguma disfunção sexual.
“A proposta do Dia do Orgasmo é debater o assunto nas
diversas esferas sociais. Isso inclui a instituição de educação sexual de
qualidade nas escolas, mais consciência quanto ao uso de preservativos e mais
esclarecimento sobre as causas da falta de desejo sexual e da disfunção erétil.
Não há justificativa para a perpetuação de problemas que podem e devem ser
resolvidos e o principal remédio ainda é a discussão franca e isenta de
preconceitos.
Existem uma variada gama de produtos que contribuem para
melhorar a satisfação sexual, diversos produtos de sex shop, remédios, terapias
e até a mais antiga das profissões.
Mas nem sempre é questão de medicamentos, de uso de produtos,
é preciso verificar questões voltadas para o íntimo de cada pessoa, traumas,
educação rigorosa, falta de conhecimento do próprio corpo, doenças como: depressão,
ansiedade, estresse, hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, neurológicas ou
endocrinológicas podem e muito interferir na satisfação sexual.
É importante conhecer os diversos tipos de
orgasmos, mas lembre-se não existem regras, o que apresento abaixo, são alguns
estudos que denominam as variadas formas de se chegar ao orgasmo, pode ser que
tenha alguns outros, afinal cada ser humano tem suas diferenciações e
preferências.
Orgasmos múltiplos
Orgasmos múltiplos ocorrem em alguns casos em que a mulher não
tem um período refratário, ou ele é muito curto e experimenta-se um segundo
orgasmo logo após o primeiro; algumas mulheres podem até ter uma sequência de
orgasmos consecutivos. Para algumas mulheres, o clitóris e os mamilos ficam
muito sensíveis após o clímax, ocasionando que estimulações adicionais possam
ser dolorosas.Inspirações profundas, respiração
rápida e continuação da estimulação podem ajudar a diminuir esta excitação.
Muitos homens que começaram a se masturbar ou
tiveram atividade sexual antes da puberdade relatam
terem sido capazes de ter múltiplos orgasmos sem ejacular. Jovens crianças do
sexo masculino são capazes de ter múltiplos orgasmos devido à falta de período
refratário. Um estudo sugere que o orgasmo antes da puberdade dos homens é
similar ao orgasmo feminino, podendo refletir alterações hormonais durante a
puberdade com influência sobre as características do orgasmo masculino.
Orgasmo
espontâneo
O orgasmo pode ser espontâneo, parecendo que
ocorrem sem haver prévia estimulação direta. Os primeiros relatos deste tipo de
orgasmo provêm de pessoas que tiveram lesões da medula espinal (SCI).
Embora a SCI muitas vezes leve à perda de certas sensações e a alterações da
auto-percepção, uma pessoa com esta perturbação pode não estar privada de
sexualidade, como estimulações sexuais e desejos eróticos.
Também se discute que algumas determinadas drogas
antidepressoras podem provocar o orgasmo espontâneo como um efeito colateral.
Orgasmo
vaginal
O "teoria dos dois orgasmos" (a crença de
que no sexo feminino há um orgasmo vaginal e um orgasmo clitoriano), foi
criticada por feministas, como Ellen Ross e Rayna Rappcomo uma "clara percepção
masculina do corpo feminino". O conceito de orgasmo de natureza
vaginal foi postulada pela primeira vez por Sigmund Freud.
Em 1905,
Freud argumentou que o orgasmo clitoriano era um fenômeno que ocorria em
adolescentes, e após atingir a puberdade a resposta adequada das mulheres
maduras mudava para o orgasmo vaginal. Embora Freud não tenha fornecido
quaisquer provas para esta suposição básica, as consequências dessa teoria
foram muito elaboradas, em parte porque muitas mulheres se sentiram inadequadas
quando elas não conseguiam atingir orgasmo através da relação vaginal que
envolveu pouca ou nenhuma estimulação clitoriana.
Em 1966,
Masters e Johnson publicaram um trabalho de investigação sobre as fases de
estimulação sexual. Seu trabalho incluiu homens e mulheres, e ao contrário de Alfred Kinsey anteriormente
(em 1948 e 1953), havia tentado determinar as fases fisiológicas que ocorriam
antes e depois do orgasmo. Masters e Johnson corroboraram a ideia de que o
orgasmo vaginal e clitoriano correspondem ao mesmo processo e argumentaram que
a estimulação clitoriana é a principal fonte dos orgasmos.
Anatomicamente o pênis e o clitóris têm prolongamentos
internos, dificultando a distinção entre o orgasmo clitoriano e
vaginal.
A urologista australiana Helen O'Connell,
utilizando técnicas de ressonância magnética, notou que existe uma relação
entre o crus clitoris (crura, pernas ou raízes do clitóris) e otecido eréctil do
bulbo clitoriano. Ela afirma que esta relação de interligação é a
explicação fisiológica para o Ponto G e
a experiência do orgasmo vaginal, tendo em
vista que há a estimulação das partes internas do clitóris durante a penetração
da vagina.
Orgasmo anal
O orgasmo anal é um orgasmo
originário da estimulação anal, como a de um dedo inserido, o pênis ou um
brinquedo erótico. É ocasionado pela estimulação direta das terminações que
inervam o esfíncter, em especial o nervo pudendo, entre outros quatro nervos da
região pélvica envolvidos no orgasmo, tanto masculino como feminino.
Orgasmo
mamário
Um orgasmo mamário é um orgasmo a
partir da estimulação das mamas. Nem todas as mulheres são sensíveis à
estimulação dos seios, no entanto, algumas mulheres afirmam que a estimulação
da área da mama durante o ato sexual e as preliminares,
ou apenas o simples fato de terem seus seios acariciados, pode levar ao
orgasmo. De acordo com um estudo que questionou 213 mulheres, 29% delas tiveram
a experiência de terem um orgasmo de mama uma vez ou mais vezes , enquanto
outro estudo afirmou que apenas 1% de todas as mulheres teve a experiência de
terem um orgasmo mamário.
Crê-se que um orgasmo ocorra, em parte, por causa
do hormônio oxitocina,
que é produzida no organismo durante a excitação e estimulação da mama.
Orgasmo seco
É possível atingir o orgasmo sem a ejaculação (orgasmo
seco) ou ejacular sem atingir orgasmo. Alguns homens têm relatado ter múltiplos
orgasmos consecutivos, particularmente sem ejaculação. Os homens que
experimentam orgasmos secos muitas vezes podem ter múltiplos orgasmos, com a
necessidade de um período de repouso, o período refratário, reduzido. Alguns
homens são capazes de se masturbar por horas, e, em um momento, atingir orgasmo
várias vezes.
O orgasmo seco também pode acontecer em pessoas que
se submeteram a cirurgias oncológicas, principalmente no cólon ou reto, no qual
foi aplicado sessões de radioterapia e quimioterapia, lesando órgãos que
contribuem para a produção do sêmen.
Orgasmo
simultâneo
O orgasmo simultâneo (também designado por orgasmo
mútuo) é um clímax alcançado pelos parceiros sexuais, ao mesmo tempo, durante o
ato sexual.
O dia internacional do orgasmo, como já dissemos,
foi criado para debater o assunto, pois com certeza é algo muito importante na
vida de todas as pessoas, não se prenda a esse dia, aproveite para conversar
com seu parceiro e melhorar seu relacionamento sexual, Nesse dia como na maioria dos dias que se
comemora alguma coisa, aproveite para caprichar,inventar, variar...Mas
lembre-se dia do orgasmo é qualquer dia,
alguns diriam todos os dias...Mas isso vai da disponibilidade e da vontade de
cada um. Feliz dia do orgasmo!
Célia Pereira,
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