sexta-feira, 27 de julho de 2012

31 de julho dia mundial do orgasmo.



O Dia Mundial do Orgasmo foi informalmente criado na Inglaterra no dia 31/07/08 por redes de sex shops. Estas realizaram pesquisas que revelaram que 80% das mulheres inglesas não atingem o clímax em suas relações. Em termos de insatisfação sexual, os brasileiros não ficam longe. Um estudo conduzido pelo Projeto de Sexualidade da USP (ProSex) detectou que 50% das brasileiras têm problemas relacionados à falta de orgasmo. Cerca de 12 milhões de homens sofreriam de alguma disfunção sexual.
“A proposta do Dia do Orgasmo é debater o assunto nas diversas esferas sociais. Isso inclui a instituição de educação sexual de qualidade nas escolas, mais consciência quanto ao uso de preservativos e mais esclarecimento sobre as causas da falta de desejo sexual e da disfunção erétil. Não há justificativa para a perpetuação de problemas que podem e devem ser resolvidos e o principal remédio ainda é a discussão franca e isenta de preconceitos.
Existem uma variada gama de produtos que contribuem para melhorar a satisfação sexual, diversos produtos de sex shop, remédios, terapias e até a mais antiga das profissões.
Mas nem sempre é questão de medicamentos, de uso de produtos, é preciso verificar questões voltadas para o íntimo de cada pessoa, traumas, educação rigorosa, falta de conhecimento do próprio corpo, doenças como: depressão, ansiedade, estresse, hipertensão, diabetes, doenças cardíacas, neurológicas ou endocrinológicas podem e muito interferir na satisfação sexual.
É importante conhecer os diversos tipos de orgasmos, mas lembre-se não existem regras, o que apresento abaixo, são alguns estudos que denominam as variadas formas de se chegar ao orgasmo, pode ser que tenha alguns outros, afinal cada ser humano tem suas diferenciações e preferências.

Orgasmos múltiplos
Orgasmos múltiplos ocorrem em alguns casos em que a mulher não tem um período refratário, ou ele é muito curto e experimenta-se um segundo orgasmo logo após o primeiro; algumas mulheres podem até ter uma sequência de orgasmos consecutivos. Para algumas mulheres, o clitóris e os mamilos ficam muito sensíveis após o clímax, ocasionando que estimulações adicionais possam ser dolorosas.Inspirações profundas, respiração rápida e continuação da estimulação podem ajudar a diminuir esta excitação.
Muitos homens que começaram a se masturbar ou tiveram atividade sexual antes da puberdade relatam terem sido capazes de ter múltiplos orgasmos sem ejacular. Jovens crianças do sexo masculino são capazes de ter múltiplos orgasmos devido à falta de período refratário. Um estudo sugere que o orgasmo antes da puberdade dos homens é similar ao orgasmo feminino, podendo refletir alterações hormonais durante a puberdade com influência sobre as características do orgasmo masculino.
Orgasmo espontâneo
O orgasmo pode ser espontâneo, parecendo que ocorrem sem haver prévia estimulação direta. Os primeiros relatos deste tipo de orgasmo provêm de pessoas que tiveram lesões da medula espinal (SCI). Embora a SCI muitas vezes leve à perda de certas sensações e a alterações da auto-percepção, uma pessoa com esta perturbação pode não estar privada de sexualidade, como estimulações sexuais e desejos eróticos.
Também se discute que algumas determinadas drogas antidepressoras podem provocar o orgasmo espontâneo como um efeito colateral.

Orgasmo vaginal
O "teoria dos dois orgasmos" (a crença de que no sexo feminino há um orgasmo vaginal e um orgasmo clitoriano), foi criticada por feministas, como Ellen Ross e Rayna Rappcomo uma "clara percepção masculina do corpo feminino". O conceito de orgasmo de natureza vaginal foi postulada pela primeira vez por Sigmund Freud. Em 1905, Freud argumentou que o orgasmo clitoriano era um fenômeno que ocorria em adolescentes, e após atingir a puberdade a resposta adequada das mulheres maduras mudava para o orgasmo vaginal. Embora Freud não tenha fornecido quaisquer provas para esta suposição básica, as consequências dessa teoria foram muito elaboradas, em parte porque muitas mulheres se sentiram inadequadas quando elas não conseguiam atingir orgasmo através da relação vaginal que envolveu pouca ou nenhuma estimulação clitoriana.
Em 1966, Masters e Johnson publicaram um trabalho de investigação sobre as fases de estimulação sexual. Seu trabalho incluiu homens e mulheres, e ao contrário de Alfred Kinsey anteriormente (em 1948 e 1953), havia tentado determinar as fases fisiológicas que ocorriam antes e depois do orgasmo. Masters e Johnson corroboraram a ideia de que o orgasmo vaginal e clitoriano correspondem ao mesmo processo e argumentaram que a estimulação clitoriana é a principal fonte dos orgasmos.
Anatomicamente o pênis e o clitóris têm prolongamentos internos,  dificultando a distinção entre o orgasmo clitoriano e vaginal.
A urologista australiana Helen O'Connell, utilizando técnicas de ressonância magnética, notou que existe uma relação entre o crus clitoris (crura, pernas ou raízes do clitóris) e otecido eréctil do bulbo clitoriano.  Ela afirma que esta relação de interligação é a explicação fisiológica para o Ponto G e a experiência do orgasmo vaginal, tendo em vista que há a estimulação das partes internas do clitóris durante a penetração da vagina.
Orgasmo anal
orgasmo anal é um orgasmo originário da estimulação anal, como a de um dedo inserido, o pênis ou um brinquedo erótico. É ocasionado pela estimulação direta das terminações que inervam o esfíncter, em especial o nervo pudendo, entre outros quatro nervos da região pélvica envolvidos no orgasmo, tanto masculino como feminino.
Orgasmo mamário
Um orgasmo mamário é um orgasmo a partir da estimulação das mamas. Nem todas as mulheres são sensíveis à estimulação dos seios, no entanto, algumas mulheres afirmam que a estimulação da área da mama durante o ato sexual e as preliminares, ou apenas o simples fato de terem seus seios acariciados, pode levar ao orgasmo. De acordo com um estudo que questionou 213 mulheres, 29% delas tiveram a experiência de terem um orgasmo de mama uma vez ou mais vezes , enquanto outro estudo afirmou que apenas 1% de todas as mulheres teve a experiência de terem um orgasmo mamário.
Crê-se que um orgasmo ocorra, em parte, por causa do hormônio oxitocina, que é produzida no organismo durante a excitação e estimulação da mama.
Orgasmo seco
É possível atingir o orgasmo sem a ejaculação (orgasmo seco) ou ejacular sem atingir orgasmo. Alguns homens têm relatado ter múltiplos orgasmos consecutivos, particularmente sem ejaculação. Os homens que experimentam orgasmos secos muitas vezes podem ter múltiplos orgasmos, com a necessidade de um período de repouso, o período refratário, reduzido. Alguns homens são capazes de se masturbar por horas, e, em um momento, atingir orgasmo várias vezes.
O orgasmo seco também pode acontecer em pessoas que se submeteram a cirurgias oncológicas, principalmente no cólon ou reto, no qual foi aplicado sessões de radioterapia e quimioterapia, lesando órgãos que contribuem para a produção do sêmen.
Orgasmo simultâneo
O orgasmo simultâneo (também designado por orgasmo mútuo) é um clímax alcançado pelos parceiros sexuais, ao mesmo tempo, durante o ato sexual.
O dia internacional do orgasmo, como já dissemos, foi criado para debater o assunto, pois com certeza é algo muito importante na vida de todas as pessoas, não se prenda a esse dia, aproveite para conversar com seu parceiro e melhorar seu relacionamento sexual,  Nesse dia como na maioria dos dias que se comemora alguma coisa, aproveite para caprichar,inventar, variar...Mas lembre-se dia do  orgasmo é qualquer dia, alguns diriam todos os dias...Mas isso vai da disponibilidade e da vontade de cada um. Feliz dia do orgasmo!
Célia Pereira,