quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Homens e mulheres abrem o jogo e revelam o que mais detestam no sexo



  • Ainda há um tabu que impede casais de falarem sobre os desejos sexuais, diz o sexólogo João Borzino Ainda há um tabu que impede casais de falarem sobre os desejos sexuais, diz o sexólogo João Borzino
Nem sempre o casal é sincero sobre as preferências na hora do sexo. Acomodadas ou com vergonha de falar a verdade para o parceiro, muitas pessoas acabam não se realizando completamente na cama. Segundo o sexólogo João Borzino, essa falta de conversa ainda é bastante comum nas relações.
“Nos atendimentos em consultório, é comum detectar uma falta de diálogo enorme entre os parceiros. Infelizmente, ainda há um tabu que impede as pessoas de conversarem sobre os desejos sexuais; e posso adiantar que os parceiros que quebram isso são muito mais felizes”, afirma o especialista.
Borzino ainda diz que um bom começo para acabar com essa mania é “o homem perder o medo do que a mulher pensa e sente; e a mulher ter menos raiva da covardia sentimental masculina”. Segundo o sexólogo, muitas mulheres não entendem o jeito mais bruto com que os homens lidam com os sentimentos ou explicam o que querem na cama.
A fim de detectar e solucionar esses desencontros na cama, o UOL Comportamento conversou com alguns internautas, que preferiram não revelar as suas identidades, e ainda cruzou esses apontamentos com dicas de especialistas. O diagnóstico é claro: muitos casais precisam alinhar o diálogo.
Navegue pelas abas abaixo e descubra o que homens e mulheres detestam (e não costumam revelar) no sexo. Aproveite e veja se está fazendo algo errado:

Dez costumes que homens e mulheres detestam no sexo

1. “... Ela chama meu pênis por nomes infantis ou finge brincar com ele. Está na cara que aquilo tudo é falso e ela acha que eu estou gostando”, fala P. Z., empresário, 39 anos.
“Essa atitude feminina é, no mínimo, ridícula. Nenhum homem gosta que fiquem brincando com seu membro, ainda mais com palavras em diminutivo, que é o que tendemos a fazer quando temos uma conduta infantil. Eu sempre digo: nunca faça isso. E, se a parceira fizer, já  corte o mal pela raiz logo na primeira vez”, explica Isabel Vasconcellos, sexóloga e escritora.
A especialista ainda enfatiza que, desde o início do relacionamento, qualquer comportamento que você não aprove deve ser comentado, para evitar no futuro uma saia justa maior.

2. “... Logo depois de uma transa gostosa, ela quer discutir a relação. Já não gostamos de fazer D.R., ainda mais depois do sexo. É duplamente brochante e chato”, conta P. H., advogado, 36 anos.
“Eu concordo em gênero, número e grau com o entrevistado e muitas mulheres têm mania de fazer isso e, depois, não sabem o que fizeram para perder os seus homens. Quem discute muito a relação deve pensar em separação, no meu ponto de vista. Quer ser feliz no namoro ou no casamento? Então fale o que pensa e diga para o outro fazer o mesmo, sem análises, sem aprofundamento e somente com um objetivo comum: a cumplicidade”, aconselha Isabel.

3. “... Quando ela está distante ou não se entrega. Sinto isso quando ela começa, no meio da transa, a fazer comentários desnecessários do tipo ‘estou gorda’. A mulher não acredita que, enquanto estamos transando, não pensamos em celulite ou estrias...”, diz M. C., administrador de empresas, 45 anos.
“A baixa autoestima feminina se revela mais forte no momento da relação em que ela se expõe por inteiro ao companheiro. Então, ao invés de sentir-se à vontade, a mulher se foca nas preocupações estéticas, por exemplo, e se esquece das sensações prazerosas. Nessas horas, percebemos a baixa do desejo sexual e a dificuldade de se excitar ou atingir o orgasmo. A dica que dou para eliminar essa neura é elogiar bastante a parceira, para que ela acredite que é uma mulher desejável e sinta-se como tal”, fala Glene Rodrigues, terapeuta sexual.

4. “... Ela acha que as preliminares devem durar uma eternidade. Tudo bem que aquecer antes de entrar em campo faz parte, mas chega uma hora em que existe um descompasso de ritmos. Isso deixa qualquer um irritado”, opina G. T., estudante, 24 anos.
“É primordial que aconteça entrosamento e isso vem com a intimidade, assim um pode dizer ou demonstrar ao outro o que gosta ou não. Fora isso, ainda existe o descompasso natural entre os sexos: um homem demora segundos para ficar excitado, já a mulher pode demorar até vinte minutos. Assim, cabe aos dois encararem as diferenças e isso resolverem juntos”, aponta a terapeuta Glene.

5. “... Ela traz para a cama os problemas do dia ou que tivemos. O momento do sexo deve ser para que os dois se entreguem e não um motivo para provocações ou vinganças. Tudo deve ser resolvido antes de chegarmos ao quarto”, fala I. U., cirurgião dentista, 41 anos.
Glene alerta: “A cama não é o lugar adequado para resolução dos problemas do casal, sejam eles domésticos, financeiros ou familiares. O homem não está apto a ouvir a mulher nesse momento. Se ele está com desejo, está focado para a relação em si e, após o ato sexual, libera endorfinas que dão a ele o desejo de dormir. Portanto, é o que sugiro, inclusive, em consultas: o ideal é que qualquer desavença ou desencontro seja resolvido em outro momento e, de preferência, bem longe da cama”.

ELAS ODEIAM QUANDO...

1. “... Me produzo toda, com lingerie, maquiagem e salto alto e ele, todo apressado, quer ir para o finalmente, sem nem falar sobre como estou bonita”, diz P. L., advogada, 35 anos.

A sensual coach Fátima Moura explica: “Nas palestras que ministro para o público masculino, falo sobre o poder do elogio. Eles me falam que percebem o empenho da mulher em se mostrar vaidosa, mas que não comentam sobre isso. Daí não adianta! A mulher quer ser elogiada e cortejada. A lingerie e toda sensualidade que a produção para uma noite de amor exige deve ser verbalizada, sim”.

2. “... Ele vira para o lado e dorme depois que fazemos amor. O pior é quando pega o controle remoto da TV e liga no programa de esportes, como se tivesse acabado de tomar um refrigerante”, comenta K. M., empresária, 42 anos.

“É natural o homem ter esse tipo de reação, porque ele entra em uma fase chamada de ‘refratária’, que corresponde ao tempo que ele vai demorar para excitar-se de novo. Além disso, tudo que foi intenso na hora do orgasmo, agora é relaxamento: ele precisa dormir, descansar. Eu sempre digo às minhas pacientes: não sejam neuróticas de plantão, deixem seu homem descansar, ele precisa”, fala o sexólogo Borzino.

3. “... Ele força a barra para fazer sexo anal. Ele sabe que tenho dor e parece não se preocupar com isso”, desabafa D. K., consultora de marketing, 33 anos.

“O segredo para isso é o diálogo. A cumplicidade entre os parceiros é importante e existe todo um ritual para que o sexo anal seja bom para ambos. Existem dois tipos de mulher: as que têm medo e nunca fizeram sexo anal e as que fazem e, inclusive, sentem prazer com isso. Prepare o ambiente, use pomadas ou cremes lubrificantes com anestésico para diminuir a dor, relaxe e se descubra dos pudores! O sexo, muitas vezes, está na cabeça; se você se despir de preconceitos, estiver relaxada e com quem ama, com certeza, atingirá o prazer”, aconselha Fátima.

4. "... Ele força a minha cabeça para baixo enquanto estamos nos beijando, para mostrar que quer que eu faça sexo oral nele", entrega L. N., secretária, 29 anos.
“Ouço direto esse tipo de reclamação nas consultas e, na minha opinião, o homem que faz isso precisa aprender a se comunicar. Ninguém deve ser adivinha ou mau educado, já que os bons modos são apreciados na cama também. As mulheres também têm de largar o excesso de sensibilidade e ensinar aos homens que não apreciam a atitude, ao invés de se ofenderem tanto”, ensina Borzino.

5. "... Ele deixa claro que não se importa com o meu prazer. Ele tenta, sem grandes esforços, me satisfazer mas, no fundo, preocupa-se somente com o dele", diz A. I., dentista, 31 anos.
“É comum a mulher interpretar uma situação deste jeito; porém, não é essa a realidade na maioria dos casos. Geralmente, os homens são extremamente preocupados com um desempenho que seja suficiente para as parceiras ficarem felizes. O orgasmo dela pressiona a um ponto que aparecem disfunções, como ejaculação precoce ou disfunção erétil. Quando isso acontece, eles tentam disfarçar, não comentando nada e, assim, dando a impressão de egoísmo. Homens são seres ultragenitalizados e acham bom tudo que for referente a carícias diretas, mas o ideal é que conversem e se entendam. Afinal, o relacionamento se alimenta de flexibilidade, para que os dois se satisfaçam”, comenta Borzino.

Fonte: RENATA RODE

 

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