Essa é uma pergunta que muitas vezes fazemos, dificilmente a resposta está fora de nós...É preciso buscar a resposta e resolver tal problema dentro de nós. A seguir três textos que muito poderão ajudar a encontrar respostas em você mesma. Leia com atenção, reflita, acredito que ao refletir encontrará respostas para a grande pergunta: Por que eles somem?
Célia Pereira
Ela conhece alguém legal. Percebe afinidades e um clima gostoso quando estão juntos. Eles saem diversas vezes, se falam todos os dias, tudo parece caminhar para um relacionamento mais firme. E então tudo esfria tão rápido que não dá tempo nem de se dar conta. Ele simplesmente some.
Ela se pergunta: "Por que isso sempre acontece na minha vida? O que há de errado comigo? As pessoas dizem que sou bonita, legal, e não entendem como não estou me relacionando com alguém. E eu também não."
Essa é uma situação bastante comum nos atendimentos que realizo. Normalmente são mulheres aparentemente bem resolvidas, independentes, bem cuidadas, mas com uma interrogação no fundo do seu olhar: qual o meu problema?
Muito frequentemente, as mulheres que trazem essa pergunta são do estilo "muito legal e simpática". Não conseguimos enxergar defeito nelas, de tão legais que são. Elas ouvem frases como: "você é perfeita", "você é a pessoa que eu quero ficar junto", "você é mulher para casar".
Mas muitas vezes essas mulheres aparentemente perfeitas no nível físico trazem muitos desequilíbrios em padrões emocionais e mentais. Somos todos seres constituídos não só de matéria física, mas de energia sutil. Pensamentos, crenças e emoções, conscientes ou inconscientes também formam nossos corpos energéticos, que não são visíveis ou tão perceptíveis como nosso corpo físico. Portanto, nossas interações com o meio e com outras pessoas não se dão apenas de modo físico, mas também energético.
O pretendente pode não enxergar os desequilíbrios na mulher que julga perfeita. Mas pode, mesmo que inconscientemente, senti-los."O pretendente pode não enxergar os desequilíbrios na mulher que julga perfeita. Mas pode, mesmo que inconscientemente, senti-los." Bem provavelmente ele vai pensar "ela é tão legal, bonita, bem resolvida... gostaria de ficar com ela, mas parece que falta alguma coisa, algo não está batendo...". Ele não consegue explicar a razão de não ter mais vontade de estar com ela, pois racionalmente não há motivos.
Se você se enquadra no estilo "boazinha e legal" pode também estar mascarando uma tentativa consciente ou inconsciente de controlar o outro. Um jogo em que, de alguma maneira muito sutil, tenta obrigar o outro a fazer aquilo que você quer que ele faça. Quer que ele ame você e se comprometa, que diga e faça aquilo que você espera, que ele atenda as suas carências e todas as suas expectativas altíssimas. Às vezes, cria-se um jogo em que ele sente-se quase obrigado a atender às suas expectativas, afinal você é tão legal e fofa que merece ser agradada. E esse jogo escraviza e cansa a outra pessoa, que se sente aprisionada. Energeticamente, seria como se sua energia estivesse abraçando a dele como um polvo, imobilizando-o e controlando-o. Mais uma vez, esse "ataque" pode não ser visível, mas pode ser sentido, de forma consciente ou inconsciente.
A "boazinha" pode também carregar em seus corpos mental e emocional traumas e crenças negativas a respeito de relacionamentos, que procura esconder e abafar dentro de si. Apesar de aparentemente muito simpática, suas energias desarmônicas podem ser captadas pelo outro, que mesmo sem entender porque, vai se desinteressando.
Se você se envolve frequentemente com parceiros que somem sem explicação, saiba que essa situação sinaliza algo dentro de você."Se você se envolve frequentemente com parceiros que somem sem explicação, saiba que essa situação sinaliza algo dentro de você." Busque através da meditação, ou se sentir necessidade, com ajuda profissional terapeutica, essas questões a serem trabalhadas em você. Durante esse processo pode ser vantajoso ficar sozinha durante um tempo. Não se preocupe se os pretendentes pararem de aparecer, e respeite seu tempo de cura. Quando estiver harmonizada, seu próprio campo energético vibrará de outra maneira, e se encarregará de fazer fluir interações e relacionamentos mais saudáveis.
POR QUE ELES SOMEM PARTE II
Perceba como se formam desequilíbrios que afetam seus relacionamentos
Na primeira parte deste artigo falamos sobre casos de pessoas que vivenciam afastamentos inesperados em seus relacionamentos afetivos. Desequilíbrios energéticos geralmente inconscientes atuam em suas vidas, gerando uma angústia que se resume na pergunta: o que há de errado em mim?
Somos todos um conjunto vibracional de nossos corpos físico, emocional, mental e espiritual. Atuamos e interagimos com as pessoas e com o meio a nossa volta em todos esses níveis, e assim podemos nos aperfeiçoar e viver cada vez melhor. Todas as pessoas e situações em nossas vidas representam oportunidades de aprendizado.
Imagine uma pessoa que tem uma natureza excessivamente doadora, que gosta de sempre agradar aos outros, atendendo aos desejos alheios. Age de acordo com as vontades das outras pessoas, abrindo mão de sua verdade e essência. Ela se envolve com uma pessoa bastante egocêntrica, egoísta e controladora. Essa pessoa gosta de ser o foco das atenções e que tudo seja feito à sua maneira. Agora imagine a interação energética entre esses dois. Os padrões desequilibrado de ambos se encaixam perfeitamente. Isso pode ser sentido como uma forte e inexplicável atração e paixão entre eles. E assim cria-se um vínculo entre energias desequilibradas complementares.
Esse desequilíbrio se manifestará na vida do casal: a pessoa doadora demais se sentirá sobrecarregada pelas demandas e controle do parceiro que, por sua vez, sentirá que a pessoa ao seu lado é de alguma maneira muito dependente e frágil.
Se pelo menos um dos parceiros perceber o potencial de aprendizado no relacionamento, poderá utilizar a situação para equilibrar seus padrões negativos. A pessoa doadora poderá perceber que precisa ser mais egoísta, no sentido de respeitar sua verdade e essência, impondo seus limites de maneira saudável. A pessoa demasiadamente egoísta poderá perceber a necessidade de abrir-se mais aos outros, exercitando sua capacidade de doar-se e compartilhar, aprendendo a lidar com seu ímpeto controlador. Caso ambos consigam perceber a oportunidade de crescimento, consciente ou inconscientemente, podem ajudar-se mutuamente a equilibrarem-se, facilitando e acelerando o crescimento um do outro.
Entretanto, se nenhum dos parceiros percebe essa oportunidade de aprendizado, o excessivamente doador poderá colocar a si mesmo como vítima e o outro como algoz. Entenderá que egoísmo é algo ruim que o faz sofrer, e que, por isso, deve continuar cada vez mais doador. O parceiro egoísta, por sua vez, entenderá que uma postura doadora significa fraqueza e submissão e que, portanto, deve cada vez mais estar voltado e fechado em si mesmo. Dessa maneira, os dois reafirmam e reforçam seus padrões desequilibrados, além de criarem medo e ojeriza à postura um do outro - justamente o oposto do que seria o aprendizado da lição. Isso fica registrado em seus subconscientes como uma crença desequilibrada e que energeticamente estará ativa em uma próxima interação com o meio ou com outra pessoa. Futuramente, atrairão parceiros cada vez mais egoístas ou doadores, vivendo relacionamentos com padrões cada vez mais desequilibrados, até que percebam qual o aprendizado por trás desse cenário.
Nossa tendência é perceber o problema no parceiro: o outro faz isso, fala aquilo, age de tal maneira. Mas não paramos para pensar no motivo de estarmos vivenciando tais ações e atitudes do outro."Nossa tendência é perceber o problema no parceiro: o outro faz isso, fala aquilo, age de tal maneira. Mas não paramos para pensar no motivo de estarmos vivenciando tais ações e atitudes do outro." Porque atraio esse tipo de atitude, de situação? Quais padrões, atitudes e comportamentos meus estão alimentando ou contribuindo para que isso aconteça?
Existe sempre a escolha de como queremos vivenciar as situações: como vítimas dos outros e da vida, ou como agentes de aprendizado e crescimento. Podemos deixar que nossas interações sejam passivamente determinadas pelos nossos desequilíbrios. Ou podemos assumir nossa responsabilidade e nos tornarmos agentes de cura e equilíbrio em nossos relacionamentos e situações de vida.
Muitas vezes, mesmo tendo consciência dos padrões e oportunidades de aprendizado, ainda assim é difícil mudar. É preciso amor, paciência e perseverança. Em alguns casos, pode ser muito útil procurar orientação terapêutica para ajudar nessa mudança. Mas saiba que sempre existe possibilidade de mudar e de ser feliz - e ela está ao seu alcance: é sua escolha.
POR QUE ELES SOMEM PARTE III
Perceba se o medo de amar está afastando seus pretendentes
Você costuma se perguntar: "Por que eles sempre somem"? Na segunda parte deste artigo, analisamos um dos inúmeros exemplos de padrões de desequilíbrio que podem afastar companheiros. Nesta sequência, citarei exemplos daqueles padrões mais comuns, assim como caminhos para identificá-los e curá-los.
Encontro muitas clientes que acreditam estarem abertas a um relacionamento afetivo. Ficam extremamente insatisfeitas em não encontrarem um parceiro ou em perceberem seus possíveis pretendentes se afastando em pouco tempo.
Anteriormente, citei o exemplo daquela pessoa que apesar de demonstrar deixar o outro livre, energeticamente, em níveis sutis, o sufoca. Internamente continua carente, então, essa liberdade oferecida é falsa porque acontece apenas em nível físico, enquanto nos níveis emocional e mental há expectativa e desejo de controlar.
Existe um outro lado desse mesmo desequilíbrio. A pessoa se mostra interessada e dá toda liberdade ao companheiro achando que está agindo de maneira desapegada. Mas, na verdade, está sendo movida pelo medo do envolvimento. Mostra-se uma pessoa autossuficiente e que precisa de espaço, deixando o outro também bastante livre para decidir o que quer. No entanto, essa liberdade é na realidade uma distância que a mantém em segurança. A pessoa se diz aberta a um relacionamento, mas energeticamente, muitas vezes de modo inconsciente, mantém-se fechada e distante,"A pessoa se diz aberta a um relacionamento, mas energeticamente, muitas vezes de modo inconsciente, mantém-se fechada e distante," evitando-o. Cria-se uma energia contraditória dentro de si: aquele consciente de encontrar um parceiro e aquele inconsciente de evitá-lo por medo de sofrer.
Medo e orgulho
Em alguns casos, a pessoa fica esperando que o outro prove que está realmente a fim de algo mais sério. Condiciona o relacionamento a um compromisso por medo de se decepcionar, de perder a pessoa querida. Não se entrega e não se mostra como realmente é por medo de se envolver e sofrer. Às vezes declara abertamente que só se entregará fisicamente e emocionalmente se houver alguma garantia de que não será abandonada. Como um parceiro pode saber se há afinidades e se haverá envolvimento ou não antes dele acontecer?Imagine assumir um compromisso sem saber e sentir o que ele realmente é. Essa energia de necessidade exagerada de segurança acaba sendo sentida como pressão e controle pelo companheiro.
Outra face que esse medo pode mostrar é o orgulho. O medo de se expor e se sentir rejeitada e ridicularizada coloca a pessoa em uma posição de autoproteção e não-entrega. Há necessidade de provar a si mesma que está sempre "por cima" no relacionamento, em uma atitude e aparência do tipo "nada me atinge". Quando o outro se afasta há sentimento de raiva por ele, e a rejeição é engolida e disfarçada pela atitude "ah, ele nem era tão bom assim".O sentimento de rejeição e dor é negado e guardado dentro da pessoa orgulhosa. Essa atitude é bastante desgastante, pois exige que a pessoa esteja permanentemente disfarçando seu medo e dor, mostrando-se sempre forte e indiferente.
Em todos esses casos, o pretendente, a princípio, percebe o interesse expressado e demonstrado em palavras e ações. Mas todos esses medos e bloqueios, que podem até estar ocultos no nível físico, se tornam perceptíveis na interação que acontece em nível sutil. Sendo percebidos e sentidos, ainda que de maneira inconsciente, levam o parceiro muitas vezes a se afastar.
Você tem medo de amar?
Procure sentir se há em você algum medo. Perceba se ele está relacionado a algum outro sentimento, a alguma situação ou pessoa. Não o negue, apenas o aceite. Nesse momento esse medo faz parte de você e fugir ou resistir apenas confere mais força a ele. Negá-lo é tão prejudicial quanto entregar-se a ele. Então quebre seus padrões, as suas maneiras de sentir, fazendo diferente. Tenha paciência e aceitação com você mesmo, respeitando-se e permitindo-se, no seu ritmo, vivenciar os riscos daquilo que tem medo. Perceba que você é mais forte do que aquela situação que lhe trava."Perceba que você é mais forte do que aquela situação que lhe trava." Isso não é garantia de algum resultado específico, mas é o primeiro e enorme passo em direção a sua liberdade.
Assuma seus sentimentos sem culpas ou dramas e viva a realidade com sinceridade, alegria e leveza. Se você sente dificuldades nesse processo, busque auxílio terapêutico.
Algumas características comuns a quem tem medo de amar:
Você fica esperando o outro agir e demonstrar sentimentos para então também agir?
Você tem medo de grudar demais ou sufocar demais o parceiro?
Você tem medo de se indispor com o outro?
Fica procurando e irrita-se com os pequenos defeitos do outro?
Já passou por relacionamentos em que sentiu humilhação e traição?
Costuma comparar os seus pretendentes aos antigos companheiros?
Sente uma certa irritação quando percebe que está se apaixonando?
Tem necessidade se sentir ?por cima? na relação?
Ceci Akamatsu
Terapeuta acquântica, faz atendimentos individuais no Rio de Janeiro e em São Paulo. Bióloga por formação, se especializou em terapias que promovem a harmonia e o bem-viver.
contato: ceciakamatsu@gmail.com
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