Quem disse que sexo precisa ter hora e lugar marcados? A famosa rapidinha em lugares pra lá de diferentes, e a "pimenta" de ser visto por alguém, traz novas sensações e mais intimidade ao casal. Muita gente prova que a boa transa não precisa ser muito longa, tampouco pede uma cama de motel.
Casada há 17 anos, Celina Alves experimentou o sexo em lugares diferentes logo no início do namoro. Antes de viajar ao litoral, a aventura começou logo no elevador. Ela de vestido, e foi só apertar o 13 º andar. Os dois experimentaram o sexo em pé e o medo de serem vistos. Depois disso, a caminho do litoral e no meio da madrugada, ele parou o carro e os amassos começaram. Com a empolgação, o casal transou no capô do carro mesmo, na estrada.
"Acho que mais inusitado mesmo foi no elevador. Também fizemos amor na praia, num pequeno barco abandonado na margem, em um de nossos passeios ao litoral. O cheiro do mar, a lua que brilhava no céu, a brisa e o nosso amor. O clima era super propício! Mas o melhor de todos foi na montanha, porque o visual era incrível lá de cima e não havia a menor possibilidade de aparecer alguém, aí ficamos mais soltos, mais tranqüilos e à vontade. Além do sexo, o gostoso é a sensação de liberdade, de estar ao ar livre e em contato com a natureza. É o gostinho de aventura", conta.
Para a representante comercial, a transa na rua é uma forma de apimentar o relacionamento. Nas primeiras vezes, as ideias vinham do próprio marido, mas com o passar do tempo, a vontade acontecia naturalmente entre os dois. "A gente passou a se conhecer tão bem que se o lugar permitisse, bastava um olhar para o outro. Nada é marcado, a ideia não surge, apenas acontece". Até agora, eles nunca foram flagrados "nem é a nossa intenção, de modo algum", diz Celina. Por isso, eles costumam ter certos cuidados. "Quem gosta de aventuras dificilmente sente medo. Mas não é "qualquer" lugar, "qualquer" praia, "qualquer" montanha que escolhemos", ressalta.
A redatora Mariana*, de 21 anos, transou no banheiro do ônibus, por acaso, em uma viagem ao Rio de Janeiro. "Na volta da viagem conheci um cara muito legal. O ônibus era semi leito e a gente foi conversando sobre relacionamentos - contei que tinha ido ao Rio terminar o namoro -, até que ele me beijou". À noite, durante uma parada, ele teve a ideia de ir atrás dela. "Ele me seguiu e me empurrou para dentro do banheiro. Foi super rápido, coisa de cinco minutos. Confesso que senti medo depois de ter feito, mas essa coisa de não fazer barulho, de ficar quieto e sair de fininho, para ninguém perceber, foi muito legal", confessa.
Mariana* diz que nunca gostou de reprimir os seus desejos e por conta disso gostou da experiência. "Eu sempre fui livre em relação a sexo. A sociedade impõe que a mulher deve ser difícil, se valorizar e não transar no primeiro encontro. Eu prefiro me valorizar de outras maneiras e ser totalmente livre em relação ao sexo e aos relacionamentos", opina.
Mais inusitado ainda foi o que aconteceu com o publicitário Carlos*, de 25 anos, também no banheiro. "Eu tinha ido a uma entrevista de emprego junto com a minha namorada. Quando cheguei fomos avisados que o entrevistador demoraria mais uma hora, por conta de um imprevisto. Ela entrou no banheiro assim que eu fui e disse que eu estava muito tenso, precisava relaxar. E rolou lá mesmo".
Depois do acontecido, Carlos* ficou com receio que alguém percebesse algo. "E realmente aconteceu. Alguém bateu na porta e foi embora. Saiu um de cada vez, para disfarçar, mas mesmo assim um dos candidatos se tocou. Foi uma situação super chata, mas nada disso interferiu no resultado. Até passei na entrevista", diz.
O publicitário Anderson*, de 23 anos, gosta de experimentar lugares novos, para uma transa rápida. "Estacionamento de shopping, corredor, elevador ou a garagem do prédio. A sensação de ser visto é que apimenta. Não é que o sexo fica melhor em si, às vezes é até desconfortável, mas o tesão é muito grande. O perigo sempre gera um misto de medo e excitação e deixa a transa mais excitante", diz.
Com a ex-namorada, até rolou ser observado de fato por outros casais, em uma casa de swing. "É um lugar cheio de regras. Nenhum cara chega em uma mulher acompanhada, precisa de permissão. A gente não fez sexo com outras pessoas, só a gente mesmo. Era uma salinha com pequenos furos, mas que você tranca por dentro. Nós curtinhos muito, foi divertido!", finaliza.
*Nomes fictícios
Por Juliana Lopes
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