O que os homens estrangeiros tem e os homens brasileiros não tem?
O Brasil é o país do futebol, do samba, do carnaval. O petróleo é nosso. Deus é brasileiro e além de ser um país de todos, que vai para frente, ninguém segura a juventude do Brasil. No fundo é isso: somos ufanistas sem sermos nacionalistas e nos achamos bons em tudo. Só que como fica a ver e o desempenho do legítimo macho brazuca frente às incautas moçoilas quando comparado ao europeu, americano ou ao argentino? Fomos perguntar para algumas meninas o que é se relacionar com um gringo e no que o brasileiro sai na frente ou ainda precisa aprender e chegamos a um ponto comum nos depoimentos: falta-nos cavalheirismo.
“O tupiniquim é mais galanteador e, às vezes, mais romântico. O chato é que sempre quer rachar a conta, e jamais abre porta do carro, puxa cadeira ou ajuda a gente a vestir o casaco. Por algum motivo, o infeliz acha que isso é quadrado”, afirma Mônica Suannes, administradora de empresas de 37 anos. Regina Faria, analista de sistemas de 38 anos concorda: “é claro que existem exceções, mas dentre a maioria alguns têm vergonha de ser cavalheiros, dá pra acreditar? Outros acham bobagem, outros ainda acham injusto e outros simplesmente não gostam. Os estrangeiros, pelo contrário, fazem questão de o ser. Talvez seja a educação (ou a falta dela) que os nossos moçoilos recebem em nossa pátria amada”.
E aí tem um ponto interessante: a educação que recebemos. E não adianta vir com a desculpa que é coisa de macho latino, porque aí do lado o tratamento é outro como afirma Mariana Gonçales de 28 anos, hoje residindo na Argentina.
“os argentinos tem sim algo europeu, mas a verdade é que são encantadores. Eles são mais românticos e cavalheiros, tem uma inteligência e um humor muito particular – que acredito que seja cultural – e são super politizados. Já o homem brasileiro é preocupado com a felicidade, com a alegria de viver. Se o time dele perde, se ele é demitido ou o relacionamento termina, fica triste, mas passa. Ao contrário do argentino que sofre por tudo e termina fazendo de sua vida um eterno tango, com muito drama. O brasileiro é intenso porém é mais divertido, despojado, natural – soa mais verdadeira a relação. Não sei se por uma questão cultural, ou de costume continuo preferindo os brasileiros”.
Mônica já considera os hermanos mais ingênuos, porque pensam que estão se dando bem somente porque estão “pegando” uma brasileira. Uma coisa é certa, muitas meninas brazucas reclamam do fato deles acharem nossas mulheres muito fáceis (ou são as argentinas que são muito difíceis?)
Acontece que nem tudo são flores para quem se envolve com estrangeiros. Eles podem ser mais sensíveis aos apelos femininos por galanteios mais trabalhados, mas alguns costumes culturais acabam chocando e em alguns casos, divertindo.
Daniele Schupp, carioca de 40 anos, foi casada com um holandês e nos contou qual o maior conflito que teve com seu marido dos Países Baixos: “o velho problema com o banho. Uma vez meu ex voltou do treino de futebol, que era em um lugar bem distante na Baixada Fluminense e teve que pegar o trem lotado e subir a nossa rua, uma ladeira, à pé, debaixo de um calor infernal. Quando chegou em casa, exausto, queria se largar na cama limpinha. Mandei ele pro banho antes, e ele respondeu que já havia tomado uma ducha depois do treino e estava limpo. E quantas não foram as vezes que ele voltava da praia e não tomava banho, porque já tinha tomado banho de mar?”.
Outra carioca, Aglay Scholz, de 35 anos, está casada com um alemão há 9 anos. Segundo ela, eles são carinhosos, fáceis de lidar e bem diretos, o que, segundo ela “no início até assusta, mas depois a gente ver o quanto que isso é bom”. Outras qualidades listadas são de não serem tão machistas e não ter vergonha de se expor, dizem que amam na frente de quem quer que seja. “Já os brasileiros são divertidos, espontâneos (até demais), bons de cama, mas são cheios dos ‘jeitinhos’ que levam a mentiras e armações”, complementa.
A nutricionista de 29 anos, Vanessa Strauss, não guarda as melhores lembranças de um relacionamento com um americano há alguns anos. Higiene pessoal foi uma das coisas que pegou. Só que o que irritava mesmo a menina era o ar de superioridade.
“O americano se achava o rei da cocada e dizia que era o seu povo era o melhor em tudo”, afirma ela e complementa, “em termos de sexo, só pensava nele. Sem sombra de dúvidas, o brasileiro dá de 10 a zero.”
Na verdade o brasileiro dá de 10 nos estrangeiros mesmo, menos nos gregos em termos de frequência de sexo e nos austríacos no tocante a dar e receber sexo oral. Isso é sabido graças a uma pesquisa promovida pela famosa marca de camisinha Durex e realizada pelo Harris Institute, envolvendo 26.000 pessoas em 25 países. Nela, os brasileiros ficaram em segundo lugar na quantidade de sexo por ano (145 vezes contra uma média mundial de 103), mas apenas 42% estão plenamente satisfeitos com sua vida sexual (a média é 44%).
A título de curiosidade, o Japão ficou em último lugar nas duas categorias, Nigéria em primeiro em termos de satisfação (78% das mulheres responderam que tem orgasmos em qualquer relação, seguidas das mexicanas), os tailandeses dominaram o ranking no uso de brinquedos sexuais e os suíços em realização de fantasias e prática de masturbação.
No final das contas, o que devemos mesmo é partir para o benchmarketing e copiar o que os gringos fazem de bom sem perdermos nossa identidade de homem brasileiro ou chegar ao ponto de parar de tomar banho e forçar um sotaque. A profissional de marketing Mariana coloca um ponto final nessa questão: “não existe melhor ou o pior. Brasileiros e estrangeiros são completamente diferentes e acredito que existam gostos para tudo”.
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