sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Paixão antiga sempre mexe com a gente

Paixão antiga sempre mexe com a gente, assim dizia Tim Maia, e não é que ele tinha razão.
Lá está você no seu canto, às vezes sem pensar em nada.
De repente você encontra aquela pessoa que pensava não ver nunca mais...
É estranho, em segundos se volta ao passado, as lembranças flui feito enxurrada em dia de chuva forte.
O coração fica sem saber como agir, o ar fica mais pesado, não se sabe se sorri ou se chora, se fica mudo (a) ou se fala...
É tantas emoções em um instante, que fica difícil saber o que fazer ou como fazer.
Foi assim comigo, depois de longos 23 anos, lá estou eu diante de uma paixão antiga, do tempo em que eu era uma jovem tão insegura, começando a aprender sobre o amor.
Meu coração parecia que tinha parado, eu sorri, abracei... mas não sabia ao certo se isso era o certo a fazer, isso é se há mesmo  algo certo nessas horas. Como saber o que é certo ou errado?
Na hora aquela mistura de sentimentos, que não sabemos bem o que é...
Depois que tudo passa, a mente começa a buscar lembranças, parece que até o cheiro daquelas lembranças tão antigas somos capazes de sentir.
É um misto de alegria, de tristeza, porque se virou lembrança, algo não deu certo...
Mas reencontrar alguém do passado, que marcou que fez uma diferença é sempre muito bom, apesar das confusões dos pensamentos.
Depois do primeiro impacto, nos pegamos conversando com essa pessoa, tentando justificar o injustificável, tentando saber onde é que se errou, o que o outro pensou, sentiu...
É engraçado, parece que se volta à juventude imatura, se tenta corrigir ou recuperar o tempo que já se foi, coisa impossível de fazer. Na verdade o certo seria viver o presente, seguir em frente só ou juntos, mas o que se faz mesmo é ficar revivendo, buscando na memória, como se isso fosse mudar algo na vida presente. Talvez até cure alguma coisa, pois muitas vezes ficamos presos ao passado e nessas conversas no presente sobre o passado, podemos desamarrar muitas coisas que nos deixavam presas ao passado ou a algo que não sabemos explicar, mas que nos fazia ter um sentimento de perda, de prisão.
Depois de 23 anos, tantas coisas aconteceram, formatura, filhos, novos empregos, novas oportunidades, mudanças do dia a dia que ao passar dos anos assustam a quem há muito não nos vê.
Reencontrar é sempre uma oportunidade de nos avaliarmos e até de cumprir as promessas diárias que sempre deixamos para depois.
Reencontrar uma paixão antiga é um mix, que nos faz pensar: “devo seguir meu caminho ou quem sabe apostar mais uma vez nessa paixão?"
Não há resposta e nem atitude certa ou errada nesse caso, o que vale mesmo é seguir o coração e se deixar levar nas asas da emoção, se deixar entrar no baú de lembranças,  refletir e ver qual a melhor atitude a se tomar.
Paixão antiga... você, Eu...Todo mundo de alguma forma já passou por isso...

Célia Pereira


Ainda bem que eu DEI...

AINDA BEM QUE EU DEI

Ainda bem que eu dei
Sem fazer tipo, sem fazer jogo
Assim é muito mais gostoso
Tava tudo mesmo pegando fogo
Dei querendo dar
Dei sem enganar
Dei sem me preocupar
Se amanhã cê vai ligar
Pode sumir, pode espalhar, pode desaparecer
Foi mesmo uma delícia dar pra você
Se quiser de novo, fica a vontade
Não tenho medo de saudade
Dei na maior fé, na paz
Foi SIM, e não TALVEZ
E se você ainda quiser mais
Pega a senha, entra na fila e espera sua vez
Ainda bem que eu dei
Tudo lindo, tudo zen
Só uma perguntinha:
Foi bom pra você também?
(Luis Fernando Veríssimo)

Para as virgens!!!

AINDA BEM QUE EU NÃO DEI

Ainda bem que eu não dei
Ainda bem que não rolou
Ainda não foi dessa vez
Que teu jogo funcionou
Imagina se ontem eu tivesse dado
Acreditado no seu tipo de apaixonado
E hoje você mal falou comigo
Mandou um oi meio de amigo
Como se nada tivesse rolado
Imagina se eu tivesse liberado...
Não adiantou seu jeito meloso
Implorando prá eu ir te ver
Teatro de primeira, se achando o gostoso
Crente que eu ia dar prá você
E você ia sumir de qualquer jeito, sem motivo
E eu ia achar que o problema era comigo
Que bom que você sumiu antes de se revelar
É ótimo não ficar esperando o telefone tocar
Agora, cê que fique na vontade
Nem adianta insistir
E quando seus amigos perguntarem
Encara e diz: Não, não comi!
Ainda bem que eu não dei
Ainda bem que não rolou
Se situa, meu bem
Joga limpo que eu dou
(Luis Fernando Veríssimo)

Para as que deram mas se arrependeram!!!

QUE MERDA EU DEI
Que lixo, que desperdício
Que triste, que meretrício
Que sóio, que papelão
Que merda, que situação...
O que parecia ser tão bom
Foi sem cor, sem gosto, sem som
Quero esquecer que aconteceu
Não, acho que não era eu
Não sei como eu fui cair na sua
Nesse seu papo de ir ver a lua
Devia estar a fim de ser enganada
Bêbada, carente, triste, surtada
E você se aproveitou desse momento
Fingiu-se de amigo, solidário no sentimento
Mas no fundo sabia bem o que queria
Como é que eu fui cair nessa baixaria?
Chega, vê se me esquece, desaparece
Finge que não me conhece
Foi ruim, ridículo, sem sal
Vazio, patético, foi mal
Que merda que eu dei
Já esqueci, apaguei
Tchau, querido, tenho mais o que fazer
Melhor comer sorvete na frente da TV.
(Luis Fernando Veríssimo)

E você deu? Se não deu, pare de pensar, quem pensa não dá, que dá não pensa...Dar é bom, desde que queira dar, não dar por dar, dar é doar, sem pensar no depois, pense nisso e não se cobre depois.Dar e dar e não tem muita explicação, é seguir os ímpetos da paixão.

Célia Pereira


Nada como o tempo

NADA COMO O TEMPO

Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas... é cuidar do jardim para que elas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, mas quem estava procurando por você!

desconhecido