quinta-feira, 3 de março de 2011

ROMANCE À VISTA AINDA BEM!

Muito se fala sobre a independência das mulheres, sobre o prazer que nós temos em demonstrar que nos viramos sozinhas e que não somos mais o sexo frágil. Também reforçamos que queremos ser tratadas de igual para igual pelos homens, ser respeitadas no mundo profissional e ainda ser vista como aquela que divide a conta com o namorado.

Pois é, no meio de todo esse inegável avanço, vejo que nós mulheres ainda suspiramos fundo quando vemos mulheres sendo paparicadas pelos homens.

Uma cena me chamou muito a atenção, logo após o jogo em que a Espanha levou a Copa do Mundo na África do Sul. A cena tão comentada em que o capitão e goleiro do time, Iker Casillas, interrompeu sua entrevista e beijou apaixonadamente a repórter, Sara Carbonero, que não por acaso era sua namorada. Pronto, bastou um beijo roubado inesperadamente, um rompante de paixão transmitido pela TV para milhões de espectadores ao redor do mundo, para que essa imagem fosse reproduzida infinitas vezes nos dias seguinte, tanto quanto a imagem da taça sendo levantada.

Por que será que nos emocionamos e nos fascinamos tanto por um "beijo roubado"? Onde será que nosso lado "forte" nessa hora fica? Nada mais "careta" do que uma cena como essa. Pois é, de fato, mudamos muito e ao mesmo tempo não mudamos nada.

O filme "Cartas para Julieta" é outro bom exemplo de que o romance continua em alta. A apaixonada Claire reencontra seu grande amor 50 anos depois, claro, ele chegando num belo cavalo (deram um desconto e colocaram o amante num cavalo marrom e não branco!). O amor existe, os sonhos românticos seguem vivos e mulheres e homens continuam a reproduzir cenas lindas de paixão.
Para mim, sermos independentes não nos faz ser menos românticas. Viva o amor, os buquês de flores, os beijos roubados, os passeios de mãos dadas!!! Sempre, ainda bem!

Cecília Russo Troiano é psicóloga, sócia-diretora da Troiano Consultoria de Marca e autora do livro "Vida de Equilibrista"

Nenhum comentário:

Postar um comentário