domingo, 19 de dezembro de 2010

O ponto G, existe?

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Ponto G

O polêmico PONTO G: existe ou não? Está claro que algo que envolve tantas emoções e sensações e, ao mesmo tempo, tantos dogmas e tabus, não poderia ser tema aceito por todos...

Ponto G

Nosso artigo é sobre o polêmico PONTO G: existe ou não? Está claro que algo que envolve tantas emoções e sensações e, ao mesmo tempo, tantos dogmas e tabus, não poderia ser tema aceito por todos.

Primeiramente, vamos definir esse tal ponto. Localiza-se dentro da vagina, em sua parte superior a, aproximadamente, cinco centímetros de sua estrada e tem tamanho aproximado ao de um grão de feijão. Quando estimulada, esta região proporciona um intenso orgasmo à mulher – uma sensação semelhante a uma necessidade urgente de urinar – e, segundo alguns especialistas, seria a principal responsável pela ejaculação feminina, também questionada. Na verdade, o PONTO G foi descoberto por um ginecologista alemão há quarenta anos e, pouco tempo depois, já começou a ser questionado. Portanto, a polêmica é antiga.

Vivemos numa sociedade onde grande parte das mulheres não sabe onde fica o clitóris (órgão externo responsável, na maioria das vezes, pelo orgasmo feminino, que localiza-se em cima da uretra e da vagina) e quando sabe, não consegue tocá-lo por preconceitos e tabus. Como introduzir o dedo dentro da vagina para procurar tal ponto, se não faz isso nem para procurar o absorvente interno perdido!

Caras amigas, é hora de invertermos esse quadro, a mulher precisa conhecer, tocar e estimular seus pontos de prazer. Não se pode mais esperar que o homem faça isso por você.

Seu papel diante de sua sexualidade e de seu parceiro é tanto ou mais prazer que ele. Só você pode saber o que é melhor para você. As pessoas são únicas, diferentes, não existe uma fórmula pré-estabelecida para o prazer sexual. Cada um tem a sua e deve ser revelada a quem compartilha o ato com você.

Conheço o argumento de que os homens não aceitam instruções, mapas de prazer, etc. Mas vale lembrar que isso só se modifica praticando. Em quantos aspectos da nossa evolução já não houve aceitação por parte dos homens?

Não recue! Persista! Não se intimide por leis machistas ou por religiões preconceituosas. Entre nessa busca e descubra você mesma se o PONTO G existe ou não. Para concluir, vou contar a história do velho e o jornaleiro. Preste atenção!

Um velho senhor costumava dirigir-se todos os dias de manhã para comprar seu matutino. Cumprimentava amistosamente o jornaleiro, comprava o jornal, agradecia, despedia-se dele e ia contente ler as notícias do dia. Acontece que o jornaleiro sempre tratava com monossílabos e cara fechada, nunca respondendo aos seus cumprimentos e agradecimentos.

Certo dia, um outro senhor que estava sempre pelas redondezas da banca, dirigiu-se ao velhinho e indagou-lhe sobre o porquê de tanta gentileza e educação com uma pessoa que só lhe tratava com pouco caso e estupidez, e se ele não deveria responder-lhe com a mesma linguagem, ao que o bom senhor retrucou, dizendo: "Eu não quero dar a ele o direito de escolher como eu devo me comportar".

Consultoria:
Dra. Marta Murteira - ginecologia, obstetrícia, medicina estética

Sexo Anal, porque não?



O Sexo Anal

O sexo anal se consiste realização do desejo sexual, mediante a introdução do pênis ou outro objeto no ânus, que pode ser vivido tanto nas relações heterossexuais, quanto homossexuais.

Pode ser praticado tanto por homens nas relações homossexuais ou entre os heterossexuais em brincadeiras sexuais com a parceira.

O sexo anal está presente nas relações heterossexuais, principalmente porque os homens buscando uma variação sexual com suas parceiras, fantasiam a penetração anal como uma grande realização de conquista, sem falar de um certo sentimento de domínio e poder.

As mulheres por outro lado, tem na fantasia sexual o desejo anal, mais como uma tentativa de satisfazer os impulsos sexuais do parceiro, agregando a esta experiência a possibilidade de demonstrar o quanto estão envolvidas na relação. A entrega sexual na relação anal, acaba funcionamento como um aval sem restrições ao relacionamento como um todo.

Embora considerado por muito tempo, uma manifestação sexual impura e desaconselhável, tanto pelas crenças religiosas que sempre a condenaram veementemente, ( as igrejas abominam as relações homossexuais ), quanto pelos médicos que a associavam a perversão e doenças, hoje mais divulgada e aceita, aparece na intimidade sexual das pessoas em algum momento, senão por curiosidade, pelo prazer obtido na prática do sexo anal.

Sem dúvida nenhuma a relação anal, carece de alguns critérios e cuidados.

O ânus não tem a lubrificação espontânea que acontece na vagina, quando do excitamento, portanto a relação anal necessita de alguns procedimentos, tais como lubrificação, hoje facilitada pelos gels a base de água encontrado em qualquer drogaria.

A relação anal é uma variável sexual, uma vez que o ânus compõe a região genital, ricamente irrigado e com possibilidades de excitamento quando estimulado.

Porém, não são todas as pessoas que obtém o prazer sexual na região anal, por uma série de razões, entre as quais aspectos culturais e repressões sociais, ou mesmo desconforto e dor na relação.

A relação anal pode ser saudável , desde que os parceiros estejam de acordo com sua realização, o prazer está vinculado a boa e contínua estimulação, facilitando assim o relaxamento suficiente a penetração, sem danos a mucosa anal.

Lembrar também que a higiene anal, carece de cuidados especiais, com lavagem intima anal que deve ser feita antes de qualquer tentativa de relação anal.

Jamais a introdução do pênis na vagina após a relação anal deve ser feita, antes uma boa higienização, pois bactérias presentes no ânus podem contamina-la, possibilitando infecções, corrimentos e outras conseqüências.

Lembrar sempre que o ânus não tem o propósito da prática sexual e embora não tenha sido feito para o sexo, pode sim com criatividade ser uma variação sexual.

Nas relações homossexuais masculinas funciona como um complemento do envolvimento afetivo e realização sexual.

Nas relações heterossexuais, o sexo anal pode transformar-se num fato novo, um complemento de prazer, transformar o sexo anal numa norma sexual constante pode não ser uma boa idéia do ponto de vista físico, principalmente se causar desconforto e dor.

Cabe a parceira controlar o ritmo, profundidade e intensidade da penetração.

O sexo anal só é bom, se os dois estiverem coniventes na experiência, cabe a pessoa penetrada, controlar ritmo, profundidade e intensidade da penetração, se um dos dois se manifestar contra, o bom senso deve prevalecer e o desejo do outro respeitado.

Transformar o sexo anal como um adicional, um momento especial, contribuindo para que o relacionamento possa ganhar em intensidade e comprometimento, não uma disputa de poder e domínio.

A pratica anal requere uma grande confiança no parceiro, sem falar de uma intensa lubrificação.

Caberá ao homem na relação anal como sua parceira, um cuidado especial, pois não poderá desenvolver a mesma energia e intensidade de movimento possível no sexo vaginal, uma vez que o ânus pode apresentar fissuras com conseqüências dolorosas no futuro.

Lembrar ainda que a infecção por HIV , tem no sexo anal uma de suas portas, devendo as relações anais, sempre serem acompanhadas de uma proteção de defesa. O uso da camisinha ainda é a melhor prevenção contra as doenças infecciosas, portanto seu uso é sempre recomendado, não abra mão deste recurso.

O fato de um homem desejar o sexo anal não quer dize que tenha tendências homossexuais, mas pode estar querendo transformar o relacionamento numa divertida e saudável maneira de demonstrar a parceira o quanto a deseja.

Lembrar ainda que o ânus é um músculo participante da região sexual, ao ser
estimulado ou acariciado pode trazer prazer ao homem quanto a mulher , e isso não quer dizer que seja uma manifestação homossexual , mas apenas uma maneira de acrescentar a vida sexual maior abertura e disponibilidade para um sexo espontâneo e prazeroso.

Não podemos considerar nos tempos atuais o sexo anal como algo sujo, perverso e pecaminoso, as novas possibilidades tornam o sexo anal uma forma de enriquecer a vida sexual do casal e para os homossexuais a relação anal se transforma na forma apropriada de realização sexual.

Segundo o releatória Kinsey, 43% das mulheres americanas casadas, já experimentaram em algum momento o sexo anal, deste total 40%, consideraram a experiência muito prazerosa, e 13% praticam sexo anal com certa regularidade.

No Brasil até o presente momento, não temos dados estatísticos que comprovem a porcentagem de casais que praticam o sexo anal, mas pelas características brasileiras e pela fixação do brasileiro pelas nádegas, presume-se que uma grande maioria dos casais heterossexuais, tenha tentado em algum momento a penetração anal e que destes possivelmente uma porcentagem significativa a tenham incorporado em sua rotina sexual. O sexo anal praticado com os cuidados necessários não causa nenhum dano, nem
de alargamento do ânus, nem de perda do controle do esfíncter ( que é o músculo da região anal ). Importante salientar que se a pessoa tiver alguma hemorróida, embora a relação anal possa ser possível, é desaconselhável.

A pratica sexual anal, pode ser um momento especial na vida sexual das pessoas, observando os cuidados necessários e a higiene que nunca deverá ser menosprezada.


Dr. Cássio dos Reis
Psicólogo, Psicanalista e Sexólogo

Seja Voce...Seja sexy...Siga os passos abaixo, faça e aconteça

Leia de baixo para cima...as dicas!


AGORA, FACA, ACONTECA, VIVA O MELHOR....

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QUINTA ETAPA

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QUARTA ETAPA

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TERCEIRA ETAPA

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SEGUNDA ETAPA

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UMA PEQUENA DEMOSTRACAO!

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Mais Fantasias Sexuais Femininas

FANTASIAS SEXUAIS FEMININAS


Durante muito tempo acreditou-se que as mulheres não tinham fantasias sexuais. Assim como não teriam necessidades eróticas, a imaginação não tomaria esse tipo de rumo. Mas, quando se aceitou sua autonomia sexual, sua capacidade de fantasiar passou a ser estudada e comprovou-se que ao longo do tempo existem cada vez mais mulheres que se atrevem a dizer que elas também imaginam coisas tradicionalmente consideradas como vergonhosas. E mais, que elas sentem prazer com elas!

As diversas investigações realizadas nesse sentido têm comprovado que quanto maior a capacidade de fantasiar das mulheres, maiores serão suas sensações eróticas e melhores os seus orgasmos. Ter fantasias parece liberar as mulheres dos antigos corpetes repressores que afligiam a sexualidade feminina.

Durante as fantasias, a imaginação floresce e prepara as situações, mais ou menos reais, que, no dia-a-dia, a pessoa não teria o atrevimento de fazer verdadeiramente. E esse componente fictício e irreal torna atrativo algo que na prática pode não ser para a pessoa.

As mulheres fantasiam durante a relação sexual
O modo de fantasiar influencia nitidamente a maneira de se relacionar sexualmente de homens e mulheres. As mulheres fantasiam situações em que outras pessoas fazem coisas por elas (seguindo a célebre e conhecida passividade feminina). Enquanto os homens têm fantasias com coisas que eles fazem para outros.

Exatamente por isso, um tipo de fantasia muito excitante para ambos os sexos é trocar de papel: eles imaginam que fazem coisas por eles e elas, que estão fazendo algo por alguém.

No caso das mulheres, além disso, ter fantasias lésbicas faz com aumente o interesse por práticas sadomasoquistas, coisa que não acontece com os homens, que têm mais ojeriza ao próprio sexo do que as mulheres.

Um número de mulheres muito semelhante ao dos homens, 71%, tem sonhos eróticos durante a relação sexual. Em tais ocasiões, o objeto da fantasia pode ser outro homem ou mais comumente a própria parceira situada em um contexto erótico diferente.

A masturbação é o melhor momento para a fantasia
Apesar de tudo, as fantasias sexuais durante o ato sexual costumam ser mais esporádicas do que as que acontecem quando se está sonhando acordada ou, mais freqüentemente, durante a masturbação.

A masturbação é o melhor momento para a fantasia, já que é um momento em que a mulher está sozinha, consigo mesma.

Quando se sonha acordada, desenvolvem-se fantasias mais elaboradas, com um maior número de elementos para compor o ambiente, lugares exóticos e enredos com algum sentido por mais simples que pareçam.

Os acontecimentos do passado, os desejos na maioria das vezes reprimidos, as situações temidas ou irrealizáveis são as principais fontes de inspiração para a criação de fantasias, em que a parceira ou algum desconhecido são os protagonistas.

Durante a masturbação, as mulheres costumam fantasiar basicamente com seu parceiro como objeto sexual (80%), as diferenças com os homens (75%) não são significativas neste terreno. Entretanto, encontram-se em outros aspectos.

As fantasias mais comuns entre as mulheres
As fantasias mais comuns entre as mulheres, além das já comentadas, por ordem de freqüência são:

Realizar práticas sexuais que nunca seriam capazes de fazer na vida real
Isso inclui praticamente qualquer coisa e confirma o caráter lúdico que têm as fantasias eróticas. As mulheres têm esse tipo de fantasia em maior número de vezes que os homens. Cerca de 28% delas se excitam assim.

Fazer sexo com um estranho
Uma em cada cinco mulheres fantasiam deste modo. Nessas ocasiões trata-se de alguém que faça parte dos arredores da mulher sonhadora. Mas, na maioria das vezes, trata-se de alguém que a mulher viu ocasionalmente na rua, no trabalho ou em qualquer outro ambiente cotidiano.

Fantasiar que são obrigadas a fazer sexo com conhecidos ou desconhecidos
Cerca de 19% da mulheres, especialmente as mais jovens, têm esse tipo de desejo. Cuidado com essa fantasia, porque alguns explicam a violência contra a mulher pelo mesmo motivo. Não existe certo e errado. Trata-se de fantasias, de se excitar mediante atitudes sadomasoquistas ao seu redor (estar indefesa diante de outra pessoa pode ser excitante para pessoas muito "duronas" na vida real), porém, isso não implica desejo, nem direto nem indireto, de ser violada sexualmente ou de provocar violações.

Fazer sexo com mais de uma pessoa do sexo oposto
Esse desejo ocupa a fantasia de 18% das mulheres. Faz parte dessa necessidade de imaginar situações que, provavelmente, não seriam capazes de realizar na vida real.

Ter relações sexuais com alguém do mesmo sexo
Um número maior de mulheres heterossexuais do que de homens fantasiam com alguém do mesmo sexo: 11%. Isso acontece dessa forma porque as mulheres recebem culturalmente o mesmo gosto pela beleza feminina que os homens e são capazes de admirá-las sem preconceitos homófobos.

Obrigar alguém a ter relações sexuais sem seu consentimento ou com consentimento forçado
Finalmente, a fantasia que ocupa o último lugar entre as mulheres (3%). Aparece com menor freqüência do que nos homens, principalmente porque este modo feminino geral de fantasiar supõe que elas se vejam como receptoras da atividade sexual exercida por outros. Nesse contexto, forçar terceiras pessoas a fazer algo está quase fora de cogitação, pois isso implicaria ser mais ativa do que receptiva.

Fantasias Sexuais Femininas, por: Terra Espanha

Durante muito tempo acreditou-se que as mulheres não tinham fantasias sexuais. Assim como não teriam necessidades eróticas, a imaginação não tomaria esse tipo de rumo. Mas, quando se aceitou sua autonomia sexual, sua capacidade de fantasiar passou a ser estudada e comprovou-se que ao longo do tempo existem cada vez mais mulheres que se atrevem a dizer que elas também imaginam coisas tradicionalmente consideradas como vergonhosas. E mais, que elas sentem prazer com elas.

As diversas investigações realizadas nesse sentido têm comprovado que quanto maior a capacidade de fantasiar das mulheres, maiores serão suas sensações eróticas e melhores os seus orgasmos. Ter fantasias parece liberar as mulheres dos antigos corpetes repressores que afligiam a sexualidade feminina.

Durante as fantasias, a imaginação floresce e prepara as situações, mais ou menos reais, que, no dia-a-dia, a pessoa não teria o atrevimento de fazer verdadeiramente. E esse componente fictício e irreal torna atrativo algo que na prática pode não ser para a pessoa.

As mulheres fantasiam durante a relação sexual

O modo de fantasiar influencia nitidamente a maneira de se relacionar sexualmente de homens e mulheres. As mulheres fantasiam situações em que outras pessoas fazem coisas por elas (seguindo a célebre e conhecida passividade feminina). Enquanto os homens têm fantasias com coisas que eles fazem para outros.

Exatamente por isso, um tipo de fantasia muito excitante para ambos os sexos é trocar de papel: eles imaginam que fazem coisas por eles e elas, que estão fazendo algo por alguém.

No caso das mulheres, além disso, ter fantasias lésbicas faz com aumente o interesse por práticas sadomasoquistas, coisa que não acontece com os homens, que têm mais ojeriza ao próprio sexo do que as mulheres.

Um número de mulheres muito semelhante ao dos homens, 71%, tem sonhos eróticos durante a relação sexual. Em tais ocasiões, o objeto da fantasia pode ser outro homem ou mais comumente a própria parceira situada em um contexto erótico diferente.

A masturbação é o melhor momento para a fantasia

Apesar de tudo, as fantasias sexuais durante o ato sexual costumam ser mais esporádicas do que as que acontecem quando se está sonhando acordada ou, mais freqüentemente, durante a masturbação.

A masturbação é o melhor momento para a fantasia, já que é um momento em que a mulher está sozinha, consigo mesma.

Quando se sonha acordada, desenvolvem-se fantasias mais elaboradas, com um maior número de elementos para compor o ambiente, lugares exóticos e enredos com algum sentido por mais simples que pareçam.

Os acontecimentos do passado, os desejos na maioria das vezes reprimidos, as situações temidas ou irrealizáveis são as principais fontes de inspiração para a criação de fantasias, em que a parceira ou algum desconhecido são os protagonistas.

Durante a masturbação, as mulheres costumam fantasiar basicamente com seu parceiro como objeto sexual (80%), as diferenças com os homens (75%) não são significativas neste terreno. Entretanto, encontram-se em outros aspectos.

As fantasias mais comuns entre as mulheres

As fantasias mais comuns entre as mulheres, além das já comentadas, por ordem de freqüência são:

Realizar práticas sexuais que nunca seriam capazes de fazer na vida real

Isso inclui praticamente qualquer coisa e confirma o caráter lúdico que têm as fantasias eróticas. As mulheres têm esse tipo de fantasia em maior número de vezes que os homens. Cerca de 28% delas se excitam assim.

Fazer sexo com um estranho

Uma em cada cinco mulheres fantasiam deste modo. Nessas ocasiões trata-se de alguém que faça parte dos arredores da mulher sonhadora. Mas, na maioria das vezes, trata-se de alguém que a mulher viu ocasionalmente na rua, no trabalho ou em qualquer outro ambiente cotidiano.

Fantasiar que são obrigadas a fazer sexo com conhecidos ou desconhecidos

Cerca de 19% da mulheres, especialmente as mais jovens, têm esse tipo de desejo. Cuidado com essa fantasia, porque alguns explicam a violência contra a mulher pelo mesmo motivo. Não existe certo e errado. Trata-se de fantasias, de se excitar mediante atitudes sadomasoquistas ao seu redor (estar indefesa diante de outra pessoa pode ser excitante para pessoas muito "duronas" na vida real), porém, isso não implica desejo, nem direto nem indireto, de ser violada sexualmente ou de provocar violações.

Fazer sexo com mais de uma pessoa do sexo oposto

Esse desejo ocupa a fantasia de 18% das mulheres. Faz parte dessa necessidade de imaginar situações que, provavelmente, não seriam capazes de realizar na vida real.

Ter relações sexuais com alguém do mesmo sexo

Um número maior de mulheres heterossexuais do que de homens fantasiam com alguém do mesmo sexo: 11%. Isso acontece dessa forma porque as mulheres recebem culturalmente o mesmo gosto pela beleza feminina que os homens e são capazes de admirá-las sem preconceitos homófobos.

Obrigar alguém a ter relações sexuais sem seu consentimento ou com consentimento forçado

Finalmente, a fantasia que ocupa o último lugar entre as mulheres (3%). Aparece com menor freqüência do que nos homens, principalmente porque este modo feminino geral de fantasiar supõe que elas se vejam como receptoras da atividade sexual exercida por outros. Nesse contexto, forçar terceiras pessoas a fazer algo está quase fora de cogitação, pois isso implicaria ser mais ativa do que receptiva.

Terra Espanha

Uma mulher e suas áreas intocadas,por Gustavo Gitti

Ela é uma mulher e suas áreas intocadas. Você se esquece disso e cumprimenta apenas a mulher. Ela é uma mulher e suas áreas intocadas. Você conversa apenas com a mulher e a convida para jantar. Ela é uma mulher e suas áreas intocadas, mas você leva apenas a mulher para a cama.

Vamos agora explorar como nossa imaginação pode moldar nossos corpos e como nosso prazer é limitado ao nosso mundo de significações. Ainda que o discurso sobre as cavernas do feminino seja mais direcionado aos homens, penso que o mesmo vale para as mulheres em relação aos subterrâneos masculinos

A inevitabilidade do problema

Após o casamento, você percebe que algo nela nunca sequer namorou com você… Ou outro homem percebe antes e começa a olhar e se relacionar justamente com essas áreas intocadas, de onde nasce uma outra mulher: aquela que vai pedir divórcio.

Tal movimento é inevitável. Não há como controlar o outro e se assegurar de que você o está contemplando inteiramente. Sempre sobra algo. No entanto, seria melhor se não fôssemos tão vítimas, se pudéssemos chegar até pelo menos algumas áreas intocadas, não por medo de que outro chegue primeiro, mas para melhorar a qualidade da relação.

Na verdade, a profundidade de uma relação aumenta apenas pelo processo de não congelar e de sempre avançar mais um pouco para dentro um do outro, não exatamente pelo sucesso desse movimento ou pela “cobertura” atingida.

O primeiro ponto cego dos relacionamentos

Nossa cegueira é como uma prisão com horizontes tão amplos que sequer desconfiamos de seus limites. Não vemos algo justamente porque temos a experiência de ver tudo. Como diria Francisco Varela, nossa realidade sensorial nos parece 100% completa, sem nada faltando. Se outro ser (nosso amigo, um africano ou uma abelha) vê outra coisa, então é sinal claro de que ele está errado, alucinando.

O que vemos quando olhamos para nossa esposa ou para nosso namorado? Simples: o outro nos parece 100% como a identidade que foi construída pela relação. Um pai vê um filho no menino que estuda na sala com o amigo que vê o amigo que minutos antes era visto como aluno pela professora. Eis a primeira cegueira de uma relação: não olhamos para a mulher, mas para o que construímos na relação com ela. Se uma relação surge como um namoro, ela passa a ser nossa namorada, não apenas como uma imagem mental, mas como um corpo diante de nós vivendo em um mundo específico que vai sendo pintado pelo casal.

A cegueira é também uma proteção, afinal lembrar que nossa namorada é uma mulher implica em admitir a possibilidade de que ela seja desejada e sinta desejo por outros, de que ela se transforme em namorada de outro. Ou em admitir que ela não lembra muito de nós enquanto está agindo como filha. Lembrar que nossa relação com ela não abraça 100% do seu ser (e nem deveria).

O segundo ponto cego dos relacionamentos

“Murilo achava que me conhecia bem demais, ficou confiante: nunca olhou dentro da carapaça. Viu a carapaça e achou que aquilo é que era, que já estava tão fundo dentro de mim quanto alguém poderia estar. Mas o fundo é sempre mais embaixo, nem eu sei onde, e lá o Murilo nunca se aventurou. Casou com a rocha, se satisfez com a rocha e uma rocha era o que esperava que eu fosse.” –Alex Castro, em Mulher de um homem só

Além de confundirmos nossa mulher com a identidade que foi construída em sua relação conosco, há um outro ponto cego no interior mesmo dessa relação. No primeiro caso, não vemos as outras mulheres por trás de nossa namorada; no segundo, não vemos nem mesmo nossa mulher por completo. Ela chora debaixo do chuveiro, volta para a cama e não desconfiamos de nada. Ela coloca uma calcinha especial e estamos cansados demais para notar e tirá-la com gosto. Ela é sutilmente inferiorizada por sua família e você interpreta tudo como brincadeira…

Não é por acaso que talvez a maior reclamação feminina seja relacionada à solidão e à ausência do olhar desejante masculino. Ouçam o pedido da Vanessa da Mata representando todas as mulheres: “Não me deixe só”.

Ora, é por isso que algumas relações são tão transformadoras. Quando uma mulher realmente se sente viva, olhada, cuidada, preenchida dentro de uma relação, todas as outras identidades conseguem sentir esse calor. Se reduzimos os dois pontos cegos, atingimos uma base anterior à própria identidade de namorada que surge à nossa frente. Não só a namorada, mas a mulher inteira fica feliz.

Ao mesmo tempo, nós descobrimos como agir com esse ser mais amplo que a identidade do marido, mesmo quando estamos dentro de uma relação. Se fizermos isso com certa frequência, será mais fácil lidar com o fim dessa relação, com a morte do marido. Enquanto o marido estava em cena, outra coisa estava agindo. E essa outra coisa segue.

Os dois pontos cegos são inseparáveis. Sua superação, claro, não se dá de modo definitivo: ao tentarmos nos aproximar da totalidade do outro, percebemos que ela é inatingível, sempre expansível, como um horizonte. Não há fundo, não há essência. Nada além de um vasto espaço livre do qual o outro nasce diariamente.

Fantasias sexuais femininas

“Eu tenho 22 anos e sou muito tímida, mas minha imaginação não tem nada de tímida.”

A fala acima é de Heather, uma das entrevistadas por Nancy Friday no clássico My Secret Garden. Ao ver em detalhe uma série quase infinita de fantasias sexuais femininas, desconfio que talvez o melhor caminho não seja ir diretamente às fantasias, mas ao que as torna possíveis, ou seja, à estranha dinâmica do prazer.

maze-james-jeanPensamos que o prazer vem do sexo, não é mesmo? Mas não vem. Você pode perceber isso quando brocha e nenhum estímulo funciona ou quando a relação está ruim e nenhuma massagem com K-Y nos anima. Ora, nunca fomos animados pelo toque, mas por algo que se evidencia pelo toque, como se o toque fosse a expressão de algo e não valesse nada sozinho.

Fantasiar (encenando ou apenas imaginando) com estupro, animais, orgias, cenas específicas… O excitante não é exatamente o conteúdo das fantasias, mas a posição interna que nosso corpo assume. Aliás, pode anotar: se quiser aprender novas posições sexuais, prefira as internas.

Em algumas fantasias, as mulheres são dominadas. Em outras, são conduzidas como meninas aprendizes. Ou fazem algo proibido, errado, sujo, degradante. São agressivas, comandam, batem. Invadidas de surpresa. Ou percorridas com curiosidade, como se fossem um labirinto. Isso para ficar nas fantasias mais simples.

Você pensa que ela está submissa enquanto chupa, mas para ela a sensação talvez seja de poder e dominação. Você pensa que a melhor noite para ela foi aquela em que você ficou como um animal por horas, mas ela se masturba até hoje lembrando de quando você a comeu por trás na escada do shopping, com o cinto da calça batendo sem querer na bunda dela, rápido, sem preliminares, gozando sem avisar.

Ela morre de ciúmes das outras, certo? Mas talvez uma das coisas que mais a excitem seja a imagem de você comendo outra mulher. Ainda que isso nunca seja realizado, é a fantasia que a faz gozar. Pois é, muitas mulheres gozam apenas em imaginar a possibilidade de algo, enquanto a maioria dos homens precisa da concretização. ;-)

O sexo, a fantasia (vivida ou imaginada) e o toque apenas nos excitam porque eles nos permitem vivenciar e expressar uma postura que dificilmente assumimos com intensidade na vida cotidiana ou mesmo nos outros momentos de uma relação. Para os homens, em geral, essa postura é a de mandar, conduzir, olhar, penetrar, atravessar, cortar, avançar, invadir. E para as mulheres tende a ser a de se entregar, se render, se deixar levar, se soltar, se movimentar, receber, dar, abrir – ser olhada, desejada, carregada, tomada, abusada, preenchida.

Mais do que com homens, o feminino se excita com presença, olhar, segurança, imobilidade. Mais do que mulheres, o masculino adora formas, curvas, movimentos. Ele quer mais olhar do que ser olhado. Ela quer (ser) pegada, não tanto pegar.

Para que essa dinâmica seja explorada, não basta transarmos sempre no mesmo contexto de casal. Ou melhor, é interessante que esse contexto não seja restrito, caso contrário vamos reprimir nossas fantasias e nossas possibilidades de prazer. Se a mulher não goza sempre com o namoradinho, por que você se contentaria em ser apenas o namorado durante o sexo?

Em defesa dos contos de fadas


“You and me” (Dave Matthews Band)

Quero fazer sua mala, algo pequeno. Pegar o que precisa e desaparecer com você, sem rastros. Lua e estrelas vão seguir o carro. Ao chegar no oceano, vamos pegar um barco para o fim do mundo. E quando nossos filhos crescerem o suficiente, vamos ensiná-los a voar.

Assim começa a música “You and Me” (Dave Matthews Band). E assim deveria começar uma relação. Não exatamente como humanos que andam em ruas de concreto e ficam 8 horas diárias olhando para pixels oscilantes numa tela, mas como personagens dos filmes que escolhermos para nós.

Sem imaginação, sem vivermos um pouco como extraterrestres, tirando a solidez de fatos e certezas, terminamos presos a um mundo opaco, cinza, sem brilho. De vez em quando, vemos uma figura de Escher, filmes como Wall-E, Up ou Where the wild things are, ou um mestre budista maluco. De vez em quando, sorrimos: “É, talvez o mundo seja mesmo mágico…”. Mas não dura. Não passa da rotina do dia seguinte.

Assim como vimos em Pleasantville ou em Dream for an Insomniac, num mundo cinza não há paixão nem sexo. Tal opacidade restringe nossas conexões de corpo e mente (algo que Espinosa relacionava com felicidade), além de diminuir nosso espaço interno, onde sustentamos vivacidade e também o prazer sexual.

Quanto maior sua matriz de significações, mais mundos você poderá construir e dissolver no minuto seguinte. Se há um segredo para tocar sua mulher de todas as formas, é construir histórias nas quais outras mulheres possíveis encarnem e sejam levadas pela mão para o fim do mundo.

Se viver o amor como um conto de fada é clichê, é piegas, é romantismo excessivo, mais clichê é eliminar os contos de fadas. Quem realmente se livrou da crença no Papai Noel não vê problema em se vestir de um (convenhamos, há coisas que só um Papai Noel faz). Do mesmo modo, podemos abandonar nossa esperança em um único conto de fada – sim, ela ainda existe, pode admitir – e viver vários.

Presenteie sua mulher com bons livros infantis, crie mundos nas quais as fantasias femininas possam aflorar, viva mitos e histórias inventadas a la Big Fish, leia Manoel de Barros e amplie sua matriz de significações até que um email não seja mais um email, uma cama não seja mais uma cama, uma calcinha não seja mais uma calcinha, um K-Y não seja mais um K-Y…

Sua mulher pode ser menininha ou velha, um papo durante uma massagem pode ser uma incursão no escuro do futuro, uma caminhada à noite pela Av. Paulista pode virar 20 anos de relacionamento (né, Miranda July?) e ensinar os filhos a voar não é algo tão improvável assim.

“Dicas infalíveis de sedução” por Gustavo Gitti

Sedução em relacionamentos longos

Antes de criticar nossa esperança por “dicas infalíveis”, quero explicitar minha abordagem aqui. Em geral, quando falamos em conquista ou sedução, pensamos no universo dos solteiros e dos recém-namorados. Ou, se o discurso se destina a casais mais antigos, toda a abordagem se resume a resgatar a paixão inicial, “apimentar a relação”, voltar ao mundo de possibilidades dos recém-namorados. Pois bem, isso não me interessa já que tal abordagem ignora a realidade presente do casal. E mais: mesmo entre os solteiros, ela é ingênua e pouco eficaz, como vou explicar adiante.

Nossa própria definição de “sedução” é restrita e enviesada, só contemplando o que acontece no começo, não no meio. Como se daria a sedução entre duas pessoas casadas há 20 anos ou 30 anos? E como essa perspectiva poderia aprofundar a dinâmica da sedução entre solteiros?

Solteiros e casados (ou namorados)

kramer5Solteiros e solteiras, olhem bem para os casados. Observem a naturalidade do homem ao tratá-la como sua e a a confiança dela em se mover pra todo lado sem precisar ser o centro das atenções do parceiro o tempo todo enquanto estão juntos. E então experimentem oferecer a mesma naturalidade e confiança logo no primeiro encontro com qualquer pessoa, afinal essa estranha seria sua mulher por uma noite, esse desconhecido será seu homem por algumas horas.

Casados, olhem para os solteiros. Ignorem a paixão inicial, aquela coisa de não se desgrudar e se perder em deslumbramento. Notem, porém, a curiosidade de um pelo outro. E então experimentem não saber e se surpreender com o outro e consigo mesmo.

Reparem também na necessidade dos solteiros em conhecer, saber de tudo do parceiro e, por outro lado, no impulso de se descrever e contar todo o passado um para o outro. E se vocês invertessem esse movimento? E se começassem a se desconhecer? Eis um caminho quase impossível ao solteiro pois ele encontra prazer no sucessivo conhecer…

Desconhecer, não saber, não antecipar, não prever as ações do outro. Perguntar sobre o futuro, contar sonhos e vontades, abrir espaço para aquilo que o outro sempre quis ser. E quando essas mudanças ocorrerem (da primeira gravidez ao alzheimer), contemplar aquilo que segue intacto.

Se a sedução inicial está mais ligada ao impulso de agarrar e conquistar (o corpo, a mente, o mundo do outro), a sedução mais experiente é uma espécie de magnetismo, um mistério que faz com que ambos sigam juntos e não se afastem como amigos que passam anos distantes. Uma atração que existe desde o começo, confundida com sexo e paixão, e depois de algum tempo pode ser vivida mais diretamente como apenas uma motivação para ficar junto.

Ora, é essa motivação o Santo Graal de qualquer bom Don Juan. Não uma noite de sexo, mas total entrega. Não algo pontual, mas o desejo de ficar junto. O que mais queremos, desde a primeira noite, não é provocar tesão, paixão, prazer, admiração, nada disso. É criar magnetismo, a ponto do outro vir em nossa direção mesmo quando não fazemos esforço algum.

Magnetismo entre o que exatamente?

speedatingÉ aí que a coisa fica interessante. As pessoas não são atraídas por características pessoais e por coisas que fazemos para seduzir. Pelo contrário, quanto mais fizermos e quanto mais características tivermos, menor será a atração. Explico.

Nós pensamos que nosso maior diferencial, o que realmente temos a oferecer, são as características que nos diferenciam dos outros. Tudo aquilo que é pessoal, nossas preferências, gostos, jeitos. Acredite, se fôssemos apenas essas identidades, ninguém ficaria mais do que algumas semanas ao nosso lado. Somos chatos, previsíveis, bobos. Somos aquele nerd numa mesa de speed dating falando de sua vida por 10 minutos. Ninguém se interessa!

Nossa sorte é que, além dos aspectos mais pessoais, nós podemos ser o espaço para qualidades impessoais, podemos encarná-las, dar vida a elas quando não perdemos tempo focando em nossas coisinhas. Quando um homem dança salsa com uma mulher, nada ali é pessoal. Tudo pode ser reproduzido em outro casal porque a energia daquilo é algo sempre disponível, não é algo que eles estão inventando ali. E dançar salsa com uma mulher é uma das maiores sacanagens, jogo sujo, quando o assunto é sedução.

Do mesmo modo, as qualidades que atraem uma mulher são impessoais: generosidade, destemor, estabilidade, ousadia, inteligência, paciência, bom humor. E as que fazem pirar os homens também: liberdade, entrega, brilho, energia, inteligência, alegria… São qualidades impessoais disponíveis para homens e mulheres.

Quanto mais pessoais tentamos ser e quanto mais tentamos criar vida e construir momentos e emoções, menos deixamos que a vida aconteça e que as qualidades impessoais sejam incorporadas. Pois é entre tais qualidades maiores do que nós que se dá o magnetismo. Entre condução e entrega, bom humor e alegria, liberdade e brilho, destemor e inteligência. Não entre pessoas, não entre eu e você. Apenas duas pessoas e seus gostos similares não conseguem criar energia, magnetismo, tesão, vontade de arrancar as roupas um do outro no meio de um bar.

Parece um milagre, então, o fato de que as pessoas fiquem tanto tempo juntas, mas não tem nada de milagre. Ainda que possamos amar muitos, é inviável sempre começar do zero. Muitas qualidades encontram um solo muito mais fértil e contínuo num casal que avança junto do que em trinta que sempre começam.

Ao vivermos de modo mais impessoal, passamos a amar aquilo que o outro ainda não é. Amamos a liberdade do outro de ser e, a partir disso, nos alegramos com cada uma das identidades transitórias que nascem. Amamos o ser futuro, em antecipação. Ora, quem não quer ficar ao lado de alguém que o estimula a mudar e crescer? Eis um dos melhores jeitos de conquistar alguém: agir a favor e se alegrar com a felicidade do outro, principalmente quando ela não tem nada a ver conosco.

Sem estratégias

kramer-pirar-na-vidaDiante desse magnetismo impessoal, todos os métodos de sedução (PuA e afins) perdem o sentido. E, sim, minha motivação aqui é ajudar as pessoas a parar de gastar dinheiro com workshops e cursos desse tipo.

O método supremo de sedução se resume a não ter estratégias. Esse é o golpe mais baixo que você pode usar com uma mulher. Vá a um encontro sem estratégias, sem esperar sexo, sem tentar beijar, sem tentar alegrá-la, sem se mostrar perfeito, sem tentar nada, sem esforço.

O homem que faz isso sabe que ele não tem poder de criar tesão, amor, paixão, felicidade… Ele sabe que o magnetismo ocorre naturalmente, como que vindo do céu ou da terra. Basta que ele não obstrua esse fluxo com suas tentativas de conseguir algo.

Então ele apenas fica lá e vive, lidando com cada coisa que surge. Se surge timidez, ótimo. A timidez não é problema algum pois ele não está tentando nada. Então ele pode até confessar sua timidez, rir dela com a mulher, fazer um brinde à timidez e então abrir espaço para que outras coisas surjam no lugar da timidez. Não há oposição, luta, desconforto ou ansiedade de mudar, ingredientes que fariam a timidez crescer e imperar.

Ele vai sem a pretensão de fazer a diferença na vida da mulher. É por isso que às vezes as pessoas dizem: “Não dê a mínima, não ligue, não mostre que está interessado, aí sim elas ficam loucas”. Não é bem a indiferença ou a sensação de que algo mais precisa ser feito para fisgá-lo (ainda que isso exista na superfície), mas é a leveza de ter alguém ao seu lado que não precisa de você e de quem você não precisa. Isso é muito mais excitante do que imaginamos. No fundo, odiamos quando alguém precisa de nós e não suportamos quando precisamos de alguém porque sentimos que estamos sendo um incômodo. Desejamos apenas estar, sem nada puxando (de dentro ou de fora). É assim que começa uma boa relação.

Desistir da responsabilidade pela felicidade dos outros. E não só da felicidade. O mesmo processo se aplica ao prazer sexual…

A verdadeira Brochada de um Homem por: Gustavo Gitti

Lembra dessa cena?

Você consegue ver a vida de pernas abertas quando sua mulher lista 71 reclamações e pede a separação? Segue andando a la Indiana Jones sobre pontes que ninguém mais vê? Tem a manha de avançar sobre sua parceira com dois pés e duas mãos sem nada atrás hesitando (“Será que eu não consigo uma melhor? Será que vai dar certo?”)? Todo dia, junto com o primeiro gole de água, toma a pílula vermelha ou a pílula azul para não brochar em todas essas situações?

Em um sentido amplo, a impotência masculina surge de uma falta de habilidade em lidar com o feminino, com o caos, com tudo o que se move livremente. O homem brocha quando a energia que lhe impacta externamente supera sua autonomia, como uma avalanche ou um atropelamento. Ou melhor, quando ele tem a experiência de ser atropelado, a sensação de afundar, assim como seu tesão é experimentado como uma liberdade de atravessar paredes.

Tal impacto pode ser dolorido ou prazeroso. Podemos ser arrastados pelas falas emocionais de uma mulher, por uma confusão na empresa, excesso de bebida ou pela ansiedade em ejacular no meio de um boquete. Não importa, somos arrastados, atropelados, engolfados. Os movimentos externos e impulsos internos decidem qual será nossa experiência, qual será nossa reação. Perdemos autonomia. Caímos. Ficamos impotentes.

Cura e tratamento da impotência masculina

A primeira coisa para conseguir levantar o pau antes do sexo é observar como nosso sofrimento é sinônimo de passividade e como nos alegramos quando agimos, afinal nossa potência vem da capacidade de foder, penetrar, avançar sobre as coisas.

Precisamos observar o que acontece quando sentimos tesão de existir, propósito, senso de humor, peito cheio, visão nítida. Qual a textura dessa eletricidade que nos move? De onde ela vem? Como pode ser sustentada mesmo quando as configurações externas se alternam?

Quando um homem chega nesse ponto, é provável que encontre um professor de meditação e que comece a aprender a estabilizar essa eletricidade de modo autônomo, algo que naturalmente melhora suas relações, sua ação na vida e, claro, na cama. Eis o caminho mais direto para utilizar essa impotência como trampolim para transformações muito maiores do que apenas superar a impotência.

Para quem deseja soluções paliativas, há alguns meios hábeis, que se resumem a tentar emular uma ação potente e ativar diretamente a energia em alguns momentos. O resultado é instável, claro. Ninguém disse que seria fácil.

Sexo e vida com potência: 11 possibilidades para os homens

Falar do que dá errado e não contemplar os movimentos positivos é um péssimo habito. Vamos, portanto, listar as qualidades de um homem presente. Ou melhor, em vez de imaginarmos um homem ideal, podemos lembrar que essas são qualidades que já se manifestam esporadicamente em todos os homens, possibilidades disponíveis a qualquer um.

Há, claro, muito o que uma mulher pode fazer para não dinamitar a potência masculina e para sustentar sua própria energia. Mas isso é assunto para outros textos.

Para os homens que desejam avançar, o melhor é não esperar que a mulher ou a vida facilite. Na verdade, sua relação consigo mesmo é inseparável de sua relação com as mulheres e com os movimentos da vida. Aquele que mima a si mesmo, por exemplo, vai mimar sua mulher e vai esperar mimos da vida.

1. Ele não tenta agradar – a parceira, a sociedade ou a si mesmo. Não cede ou abaixa a cabeça para restrições e obstáculos. Ele se move para além dos mimos, tanto na cama quando na relação em geral.

“True sexual and spiritual surrender is not about adapting yourself to what will appease your partner. Nor is it about surrendering to your own momentary emotional needs. True surrender is about relaxing through these secondary needs, both yours and your partner’s, and magnifying your primary desire to give and receive unbounded love.” –David Deida

2. Ele não tenta “convencer” a mulher a fazer algo diferente no sexo, seja um ménage ou apenas sexo anal. Ele apenas abre espaço e flui pela liberdade, sem pensar em termos de eu e outro. Sua condução não controla, apenas sugere, propõe, provoca. E o convite não define, não tem conteúdo. Ele apenas aumenta a energia, infla, preenche, brinca, alimenta e então vê o que acontece.

3. Ele se delicia com o corpo feminino, desde uma observação dos gestos à distância até se aproximar de cada poro, respirando a mulher pra dentro, enchendo o corpo de ar, comendo, engolindo, sentido a energia da parceira por dentro.

4. Ele repousa no feminino sem medo de se identificar com ele. Recebe uma massagem, se solta, relaxa o abdômen, se entrega e, principalmente, solta o ar completamente, como se caísse desistindo de se manter vivo. Essa pequena morte é vivenciada como um repouso que estabiliza sua energia e abre espaço para que o prazer sexual e o tesão de viver aumente sem criar perturbação, contração, tensão, sem precisar ser descarregado constantemente. Então ele parte pra cima dela com essa mesma energia.

5. Ele avança sobre o feminino sem pedir licença assim como mantém um direcionamento na vida para além de seus relacionamentos. Porque nem sempre pede autorização ou concordância, ele consegue tocar sua parceira em áreas em que ela dificilmente atingiria sozinha.

6. Ele não respeita seus próprios obstáculos. E é exatamente essa atitude, quando direcionada para fora, que penetra a rigidez feminina. Se ela sente dor na penetração, ele não fica anos respeitando e arranjando jeitos de evitar a penetração. Ele aceita, acolhe, se diverte ao mesmo tempo em que a ajuda a superar, investiga, perfura o hábito acomodado de ambos, desafia, convida a transformação mesmo que haja dor e desconforto no meio do caminho.

7. Ele sente prazer em conduzir e mover sua mulher. Observou que essa postura abre espaço para que ela seja e aja como mulher de um modo que nem sempre consegue em sua vida cotidiana.

8. Ele libera o feminino. Não oferece nenhuma restrição para as expressões faciais, emoções, ideias, relações, roupas, palavras, ações, faculdades, trabalhos que as mulheres ao seu redor tanto exploram.

9. Ele não se desespera quando os movimentos externos não lhe favorecem. Ou seja, quando é pressionado, contrariado, rebaixado, ignorado, criticado, traído ou abandonado.

10. Ele sabe que sua vida não é definida pelas situações mas por sua ação sobre o que lhe acontece. Como essa experiência acontece por um corpo e por uma mente, sua única prática é sustentar um corpo vivo e uma mente lúcida, em qualquer situação, em todas as relações. Ao abrir os olhos para como sua experiência de mundo é construída, ele deixa de ser vítima e se descobre autor, o que faz sua energia circular pois começa a agir sobre aquilo que antes agia sobre ele. Foder o que lhe fodia, brincar com o que temia.

11. Ao mesmo tempo, ele se esforça menos em controlar as coisas, pois agora seu foco está na postura de mente e corpo, na qualidade da experiência, na estabilidade de sua energia, não importa o que surja pela frente